Sem vitórias

Paraná Clube não supera o Londrina e torcida se irrita

João Paulo tentou o tempo inteiro, mas parou em Dirceu, capitão do Londrina e melhor jogador em campo ontem. Foto: Hugo Harada

paranaense

“Time sem vergonha”. “Tem que ter raça pra jogar no Tricolor”. “Queremos jogador”. Foi apenas o terceiro jogo da temporada, mas o Paraná Clube sente a pressão típica de um time que teve ótimos resultados em 2017. Apesar de estar em montagem, tendo iniciado o trabalho há menos de um mês, o começo sem vitórias na Taça Dionísio Filho fez a torcida gritar as frases acima ao final do jogo contra o Londrina, que terminou empatado em 1×1, neste domingo (28), na Vila Capanema. Foi uma boa partida, mas o resultado não foi nada bom para o Tricolor.

Veja como foi o jogo no nosso Tempo Real!

O jogo diante do Tubarão começou na verdade quinta-feira. Foi quando Wagner Lopes reuniu os jogadores e fez uma forte cobrança. A decisão de preservar os titulares, anunciada após a derrota para o Atlético, foi alterada. Iriam jogar os titulares – a exceção foi Igor, poupado por conta de dores musculares. O pedido era de uma nova postura, mais agressividade, mais força. E uma vitória diante do rival do Norte, que tinha no banco de reservas Ricardinho, um dos maiores jogadores da história paranista, mas ontem adversário como técnico do Londrina.

E Ricardinho viu seu time ser “atropelado” nos primeiros 20 minutos de jogo. Jogando com a tal vontade pedida por Wagner Lopes, e com muita força ofensiva com João Paulo e Felipe Augusto, o Paraná foi para cima. Abriu o placar cedo, no escanteio cobrado por Zezinho que acabou sobrando para Neris marcar seu primeiro gol com a camisa tricolor. Os visitantes não conseguiam jogar. A orientação de evitar que o Londrina saísse com a bola dominada foi seguida à risca. Aí veio a parada técnica.

Zezinho marcado por Del'Amore. O meia não produziu muito. Foto: Hugo Harada
Zezinho marcado por Del’Amore. O meia não produziu muito. Foto: Hugo Harada

Os 27 graus pareciam mais na Vila Capanema. Por isso Adriano Milczvski parou o jogo para a reidratação dos jogadores. E Ricardinho aproveitou para arrumar o time. Mandou Thiago Primão e Marcinho se aproximarem, começou a jogar nas costas de Júnior, improvisado pela esquerda, e aos poucos o LEC passou a controlar a partida. Terminou o primeiro tempo assim e começou a segunda etapa assim, com o acréscimo técnico de Rodrigo Figueiredo.

O menino emprestado pelo Corinthians fez o Londrina chegar ao empate. Além do ótimo jogo, foi dele o passe preciso para Carlos Henrique deixar tudo igual. Resultado que mantinha o Paraná na lanterna do grupo A do Campeonato Paranaense. E por isso Wagner Lopes colocou o time no ataque: entraram Gabriel Pires e os estreantes Wesley e Lucas Fernandes. Uma pressão danada, que não levava mais perigo pelos erros de passe e pela afobação dos tricolores.

Confira a classificação do Campeonato Paranaense!

A torcida empurrava, apoiava o time, mas quando chegava o final da partida e os jogadores falhavam em lances simples, começaram a se irritar. Não à toa os gritos ao final da partida, gritos de quem na verdade até sabe que o time lutou muito, mas que se preocupa com o início de temporada do time, e faz mais um alerta do que uma cobrança real. Mas a necessidade existe. Contra o Toledo, próximo domingo (4), é obrigação vencer para ainda sonhar com a classificação para a semifinal da Taça Dionísio Filho. E quinta-feira (1), diante do URT, em Patos de Minas, começa a Copa do Brasil, uma das prioridades de 2018. Vale classificação e uma premiação (só por essa fase) de 800 mil reais. Por isso o Paraná Clube precisa de uma vez estrear neste ano.

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