Ainda sem vencer e na penúltima colocação do Paranaense-2009, o Paraná Clube vai a Cascavel sob pressão. Um quadro que não chega a assustar comissão técnica e jogadores.
Acreditando que a instabilidade faz parte do processo de formação desse novo time, todos esperam um melhor rendimento e a primeira vitória na temporada. Domingo – às 16h50 -, no Olímpico Regional, o Tricolor tenta reduzir a distância para os primeiros colocados.
“A competição é curta e temos somente doze jogos pela frente”, disse o volante Agenor. Após ficar relegado ao banco de reservas na primeira rodada, ele recuperou a posição e garantiu maior estabilidade ao meio-de-campo.
Um quadro que será posto a prova neste fim de semana. Afinal, frente ao Paranavaí, Agenor pôde se lançar ao ataque várias vezes, diante da postura do adversário. “Eles jogaram lá atrás. Em Cascavel será diferente”, acredita. “Só que assim, teremos também mais espaços para atacar.”
Só que além de saber atacar, o Paraná terá que melhorar – e muito – a sua finalização. Na última jornada, pelo menos três chances reais não foram traduzidas em gol por absoluta falta de pontaria. Algo também considerado “aceitável” por parte da comissão técnica.
“Fizemos poucas sessões específicas de arremates a gol. Não dá tempo de cuidar de todos os detalhes em apenas três semanas de pré-temporada”, diz seguidamente Paulo Comelli.
Não por acaso, o treino de ontem foi justamente voltado a esse fundamento. “Temos feito muita bola parada. E acho que estamos melhorando visivelmente”, aponta o meia Lenílson. Mesmo sem um treino mais intenso de arremates a gol, ele foi o que mais finalizou nessas duas rodadas.
Na última jornada, acertou o ângulo por duas vezes, mas o goleiro Danilo impediu o gol. “Temos que persistir. Acredito que o time amadureceu muito e vamos atrás dessa vitória.”
Além de treinar a “pontaria” dos jogadores, Comelli pode mexer no ataque do time. Ele decidirá hoje pela manhã, num treino tático, se dará uma oportunidade a Osmar.
O centroavante estreou com a camisa tricolor na última terça (entrou em campo aos 28 minutos do 2.º tempo) e sofreu o pênalti que resultou no gol de empate. Nos dois jogos realizados, Wellington Silva ainda não conseguiu emplacar como titular da equipe. Atacante de referência, teria que jogar mais fixo na área, esperando cruzamentos. Porém, até aqui, o Paraná não conseguiu encaixar essa dinâmica de jogo.
Em Cascavel, onde a velocidade pode ser melhor explorada, Comelli poderia abrir mão de Wellington, utilizando dois atacante de maior mobilidade. Osmar não é a única opção do treinador.
Wando, na teoria, seria titular do time, mas o atacante ainda não está numa condição ideal. A diretriz, no clube, é não queimar etapas e seguir com o planejamento elaborado para toda a temporada, não apenas visando ao próximo jogo.