Paraná Clube passa por cima do Paysandu: 4×2

Azar de quem ficou em casa. Os torcedores do Paraná Clube que não quiseram encarar a noite fria perderam a melhor atuação da equipe na temporada. Sobrando, o Tricolor despachou o Paysandu de Ivo Wortmann ontem no Couto Pereira, vencendo por 4×2 e se aproximando da briga pela última vaga na Taça Libertadores da América. A noite foi de Renaldo, que marcou três.

Abusando da velocidade, Caio e Fernandinho comandaram as ações ofensivas iniciais, acuando o time paraense e chegando com facilidade ao gol de Carlos Germano. Aos 8 minutos, Fernandinho cobrou escanteio com rapidez. O passe foi para Caio, que cruzou com precisão para Renaldo, que marcou o primeiro tricolor.

O Paysandu era perigoso quando chegava ao ataque. E empatou aos 15 minutos, quando Lecheva tabelou com Sandro e centrou – Souza, de sem pulo, colocou no contrapé de Flávio. Mas nem houve tempo de comemorações: aos 18, Fernandinho cobrou escanteio, a bola sobrou para Ageu, que encobriu a defesa ao tocar para Cristiano Ávalos, que apenas escorou para as redes.

Era uma apresentação de gala tricolor. Com toques rápidos, o Paraná chegava ao gol paraense e perdia inúmeras oportunidades com Marquinhos, Caio e Fernandinho, bem respaldados por Emerson e Pierre. E, aos 38, André Dias segurou Ávalos na área e a árbitra Sílvia Regina Oliveira marcou pênalti – Renaldo cobrou e converteu.

Na volta do intervalo, o Paraná partiu célere para resolver o jogo. E, logo a cinco minutos, Valentim cruzou e Renaldo marcou seu terceiro gol na partida. Dali em diante, era apenas um passeio tricolor no Alto da Glória. E se o Paysandu já parecia entregue, as coisas pioraram aos 24 minutos, quando Souza foi expulso por agredir um gandula.

E parecia que a goleada ia ser finalizada aos 34, quando Caio foi derrubado por Anderson. Na cobrança da penalidade, Maurílio não conseguiu vencer Carlos Germano. Logo depois, Cristiano, do Papão, arriscou de longe e marcou o gol que deu números finais à partida.

Outros resultados: Figueirense 0x1 Atlético-MG, Internacional 2×0 Criciúma e Fluminense 2×0 Vitória.

Agora artilheiro quer bater sua marca de 1993

Não deixem de acreditar nele. Quando chegou ao Paraná, no início do campeonato brasileiro, Renaldo prometeu que seria o artilheiro da equipe, e que chegaria entre os maiores marcadores da competição. Pois é. Com os três gols marcados ontem contra o Paysandu, o atacante tricolor passou a ser o maior artilheiro do futebol paranaense em 32 edições do campeonato nacional. E, de quebra, já está na briga para ser o “matador” do ano em nossa terra.

E não foi apenas uma atuação de um jogador fadado a marcar gols. Renaldo mostrou às quase quatro mil pessoas que estiveram no Couto Pereira como joga um atacante moderno. “Eu acho que estou melhor agora do que quando era jovem”, reconhece. Ele mostrou velocidade quando necessário, técnica quando preciso e objetividade em todos os lances. Renaldo fez um gol de cabeça, um de bola dominada e, para completar, manteve a escrita de não errar pênaltis.

Chegando a vinte gols, o centroavante passa a marca histórica de Kléber e Alex Mineiro, que fizeram 17 cada, na vitoriosa campanha do Atlético em 2001. Ele passou também por mitos do Coritiba, como Tião Abatiá e Zé Roberto, e por Márcio, artilheiro tricolor que hoje está no Cruzeiro. E se aproxima dos artilheiros do Brasileiro: Luís Fabiano, que tem 23, Dimba (22) e Aristizábal (também com 20). “Vou buscar eles, e periga eu chegar”, brinca.

Como não conseguirá marcar um gol por jogo, o que seria marca de antologia, falta ainda um recorde para quebrar: Renaldo quer marcar mais gols que em sua primeira passagem pelo futebol paranaense. Em 1993, ele fez 23 gols pelo Atlético no campeonato estadual. “Ainda vou chegar à essa marca”, promete. E é bom não desconfiar dele.

Desfalques

Para a partida de domingo, às 16h, contra o Juventude, em Caxias do Sul, o técnico Saulo de Freitas terá duas ausências: Ageu e Pierre receberam o terceiro cartão amarelo e terão que cumprir suspensão automática. Além deles, Cristiano Ávalos, que saiu reclamando lesão na coxa, preocupa o departamento médico. Mais um problema: com o pequeno público, o Paraná teve prejuízo de quase 15 mil reais com a partida de ontem.

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