Paraná Clube encara o vice-líder na Vila

O Paraná Clube encara o vice-líder Guarani, hoje às 21h, no Durival Britto tentando dar um basta nas dúvidas que pairaram sobre o grupo ao longo de toda a temporada.

Dúvidas merecidas diante da instabilidade do Tricolor nesta Série B. Mesmo contando com alguns jogadores de nível bem acima da média desta Segundona, em momento algum o time se mostrou confiável.

O próprio confronto com o Bugre, ocorrido há três meses, é um exemplo disso. Quando bateu o então líder, em pleno Brinco de Ouro, muitos apostavam que ali o Paraná deslancharia.

Não foi o que ocorreu. A equipe, mesmo obtendo bons números sob o comando de Sérgio Soares, seguiu patinando em momentos decisivos. Foi assim em derrotas contundentes para os frágeis ABC e Bahia, que não por acaso estão enraizados na zona de rebaixamento.

Na troca do comando técnico, o Paraná ganhou atitude fora de casa. Com Roberto Cavalo no comando, o time está invicto longe da Vila e por pouco (e um erro da arbitragem que quase compensa o gol de mão de Wellington Silva, frente ao Ceará) não ostenta um invejável aproveitamento de 100%. Com o empate em Ipatinga, este número caiu para 77,78%.

Hoje, mais do que tentar não perder o serviço, o Paraná tem a chance de reduzir a quase zero o seu risco de rebaixamento. Se vencer, chega aos 42 pontos, ficando a quatro pontos no “número mágico” para a sobrevivência.

Como restariam sete jogos, sendo cinco confrontos diretos com a turma “da rabeira”, o Tricolor ficaria numa situação extremamente confortável, podendo dar início à preparação para 2010, independente do pleito eleitoral do próximo dia 11 de novembro.

E, se há três meses o Paraná venceu o Guarani, fora, por que não repetir a dose? Esta pergunta deve estar martelando na cabeça do torcedor e por que não dos integrantes do departamento de futebol.

A interrogação é reflexo de uma campanha marcada por altos e baixos, muitas mudanças no transcorrer da competição (três técnicos comandaram o time, além do interino Ageu Gonçalves) e pelo fato de a pouco mais de um mês do fim da competição o Tricolor não dispor de uma equipe-base.

No entra e sai de técnicos, Zetti, Sérgio Soares e Roberto Cavalo, o torcedor não sabe, até agora, escalar o Paraná de 1 a 11, sem pestanejar. Afinal, nem Cavalo tem certeza quanto a isso, diante do próprio desempenho dos atletas, em especial do ataque. Wando “vazou”, Bebeto está impedido de jogar. E com o que tem, ele vem revezando Wellington Silva e Adriano. Sem sucesso, tentou fazer Marcelo Toscano voltar a ser atacante.

Enquanto o ataque não se resolve, o jeito é apostar na fase de Rafinha. Em meio a tantas incertezas, o baixinho mostra a cada jogo porque assumiu a braçadeira de capitão.

É ele quem comanda o time e sobre ele recaem quase todas as esperanças dos paranistas em ver seu time vencer e enfim exorcizar o fantasma do rebaixamento, que não foi tão cruel quanto o ano passado, mas rondou os corredores da Vila Capanema durante boa parte desta Série B. É vencer e esperar que ano que vem o clube possa ter ambições maiores, do que a singela permanência no segundo escalão do futebol nacional.