Marcos é desfalque de última hora do Paraná

Toda a precaução não foi suficiente. O zagueiro Marcos, com uma lesão muscular, está fora do jogo de amanhã – às 18h10, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis -, frente ao Figueirense. O desfalque de última hora fez o técnico Luiz Carlos Barbieri adiar a definição do time e pode alterar a estrutura tática do Tricolor. Até a opção de improvisar Aderaldo como lateral foi afastada e Parral foi confirmado como ala-esquerdo nessa partida.

Há tempos Barbieri vem alertando para os cuidados necessários na reta final do Brasileiro. ?É uma competição longa. Nas rodadas finais, os jogadores ficam mais sujeitos a lesões devido ao desgaste físico e emocional?, disse o técnico. Por isso, a carga de treinamentos foi reduzida. ?Nesta fase, é importante dosar os trabalhos e priorizar o descanso?. Apesar dessa diretriz, o treino de ontem foi marcado por duas contusões. Além de Marcos, o meia Thiago Neves também sentiu uma ?fisgada? na coxa e está fora da delegação que viaja para Santa Catarina.

O treino transcorria normalmente quando, num lance isolado, Marcos interrompeu a corrida, levando a mão à parte posterior da coxa esquerda. ?A dor foi intensa?, disse o zagueiro. Avaliado pelo médico Mothy Domit, o atleta teve seu veto confirmado. Nesse tipo de contusão, a média é de 20 dias para a recuperação. Barbieri já sabe, no entanto, que Marcos dificilmente estará à sua disposição para os três próximos jogos, contra Figueira, Corinthians e S. Caetano. Caso mantenha sua postura de mexer o mínimo possível no time, Neguete é a opção natural para a zaga. Só que o treinador testou outra formação e deixou no ar a possibilidade de fixar o time num 4-4-2, com Sandro sendo escalado no meio-de-campo.

?Vou observar a escalação do Figueirense e o teipe dos jogos deles. Assim, só vou definir a melhor estratégia momentos antes do jogo?, disse. Barbieri não esconde a preferência pelo uso de dois meias de criação, deixando o time, na teoria, mais ofensivo. No caso da escolha recair sobre Neguete, o Paraná utilizará em Florianópolis a formação defensiva que atuou em Belo Horizonte, na vitória (1 a 0) sobre o Atlético-MG. Naquele jogo, o Tricolor criou pouco – sem Borges -, mas a zaga e o goleiro Flávio, que amanhã volta ao time, tiveram uma atuação muito segura.

?Dureza em Floripa?

Favorito, nem pensar. Apesar da grande distância entre Paraná e Figueirense na tabela de classificação – 21 pontos separam os dois clubes – ninguém acredita em jogo tranqüilo. ?Vai ser dureza. Eles vêm para tudo ou nada e, por jogar em casa, acredito que eles são os favoritos?, disse Éder. O meia vem sendo o destaque do meio-de-campo do Tricolor e responsável direto pela evolução do time, mais criativo e eficiente no ataque.

De amanhã até 4 de dezembro – data da última rodada – o Paraná disputa mais 11 jogos, sendo que 5 destes serão contra times ameaçados pelo rebaixamento. Além de Figueira, o Tricolor enfrenta fora de casa o Vasco e recebe S. Caetano, Flamengo e Paysandu. ?São jogos duros. Se lutamos pelas primeiras colocações, eles lutam pela sobrevivência na 1ª divisão?, lembrou Beto, que retorna ao time no lugar de Mário César, suspenso.

Para os jogadores paranistas, na partida de amanhã o time precisa atuar com sabedoria, explorando os erros e uma previsível ansiedade do adversário. ?Não podemos entrar em correria e querer decidir logo de cara. É tocar a bola e esperar que eles venham para cima para encaixar os contragolpes?, resumiu Éder. O meia, que abriu caminho para a goleada sobre o Flu com um gol no primeiro minuto, fez também um dos gols da vitória dos titulares no coletivo de ontem.

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