Luxemburgo estréia em “jogo de seis minutos”

Genebra – Seis minutos. Esse será o tempo que o novo técnico do Real Madrid, Vanderlei Luxemburgo, terá para mostrar serviço em sua estréia com a equipe no Estádio Santiago Bernabeu contra a Real Sociedad. No dia 12 de dezembro, a partida foi interrompida e o estádio evacuado aos 39 minutos do segundo tempo depois de um alerta de uma ameaça de bomba.

Apesar de contar com apenas seis minutos, Luxemburgo afirma que pode vencer e insinua que está preparando uma surpresa para modificar o placar de 1×1, que prevalecia no momento da interrupção. "O normal é que o placar seja mantido, mas estou certo de que os dois técnicos vão fazer algo para tentar mudar o resultado. Nós vamos fazer algo para tentar mudar o placar", afirmou.

Luxemburgo ainda evitou divulgar a escalação da equipe para a partida relâmpago desta quarta-feira e ainda se recusa a detalhar sua estratégia para os seis minutos. "Não direi o sistema que vamos utilizar porque seria facilitar as coisas para a outra equipe", disse. O brasileiro deixou claro que o jogo de hoje é apenas o começo de seu trabalho no Real e que irá brigar por todos os títulos que está disputando: o campeonato espanhol, a Copa do Rei e a Liga dos Campeões da Europa. A primeira partida de 90 minutos será no fim de semana, no derby local, entre o Real e o Atlético de Madri.

Esforço

Ocupando apenas a quinta colocação no campeonato espanhol, o Real passa por um verdadeiro tratamento de choque desde a chegada de Luxemburgo e do diretor de futebol, Arrigo Sacchi. Adotou treinos em dois períodos, intensificou a preparação física dos jogadores, já aplicou um castigo à estrela Beckham e ainda colocou os atletas em regime de concentração. "Para mim, treinar grandes estrelas não supõe um problema, porque é algo que já fiz no Brasil", garantiu, admitindo que os jogadores estão "um pouco cansados".

Em uma entrevista publicada ontem no jornal espanhol Marca, o treinador afirmou que Ronaldo será um dos que mais vai sofrer com o estilo de treinamento que será adotado. "Ronaldo vai ter que trabalhar muito. Ele não gosta muito de trabalhar a parte física, mas terá de fazer", disse.

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