Lusitanos de olho na Copa de 2014

Prestes a ser oficializado como sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil está atraindo cada vez mais a atenção dos investidores europeus. Depois de suíços e alemães, chegou a vez de empresários portugueses acenarem com a possibilidade de investir pesado na infra-estrutura para o mundial.

A empresa Lusoarenas, especializada em arenas multiuso e estádios de futebol, planeja investir até 600 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bilhão) em projetos para a Copa. Seis empreendimentos já contam com o envolvimento dos portugueses.

De acordo com a Lusoarenas, já estão em andamento os planos para a construção de estádios em São Paulo, Salvador, Recife e dois no Rio de Janeiro. Reportagem do endereço eletrônico Cidade do Futebol informa que um sexto projeto é mantido em sigilo, citando o diretor-geral da empresa lusitana, Marco Antônio Herling.

O mistério chama a atenção dos paranaenses. Especula-se que o projeto ?secreto? dos portugueses seria a construção do novo Estádio do Coritiba. Ou mesmo a conclusão da Arena da Baixada, indicada pelo governo do estado para receber jogos do mundial.

Mais euros

Além da Lusoarenas, outro grupo europeu revelou esta semana a intenção de investir fortunas na Copa de 2014. Na última quarta-feira, o jornal Gazeta Mercantil informou que a empresa alemã Wolfsburg AG e os suíços da Nüesch Development pretendem gastar 1,2 bilhão de euros (R$ 3,14 bilhões) em obras no Brasil.

Os projetos que seriam bancados por suíços e alemães não foram revelados. Mas, segundo a Gazeta, a intenção é investir em São Paulo, Salvador e Curitiba.

Garantido

A sanha dos europeus em procurar parcerias no Brasil, mesmo faltando sete anos para o mundial de 2014, tem explicação. Mantidos os padrões da última Copa do Mundo, em 2006, na Alemanha, o retorno é garantido.

Um estudo encomendado pela Federação Alemã de Futebol (DFB) e publicado ontem, um ano depois do torneio, mostra que a Copa rendeu ao país europeu 2,9 bilhões de euros (R$ 7,6 bilhões).

O estudo estimou em 1,3 milhão o número de visitantes estrangeiros durante o mundial, dos quais 390 mil assistiram aos jogos. O número de empregos criados em um ano chegou a 38 mil.

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