Investigadores forenses dos EUA vão defender Pistorius

Os advogados de Oscar Pistorius convocaram uma equipe de investigadores forenses dos Estados Unidos para ajudar na defesa do atleta paralímpico, acusado de assassinato premeditado de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, morta a tiros em 14 de fevereiro, no banheiro da suíte do velocista biamputado.

Anneliese Burgess, porta-voz do astro paralímpico sul-africano, informou que os especialistas norte-americanos estão na África do Sul trabalhando com os advogados, que defenderão o atleta em julgamento marcado para começar em 3 de março e com previsão de duas semanas de duração.

Neste período do julgamento, Pistorius também será julgado por porte ilegal de munição, sob acusação de violar a Lei de Controle de Armas de Fogo na África do Sul. A sentença prevista para alguém condenado por assassinato premeditado é de no mínimo 25 anos de prisão no país sul-africano.

A porta-voz de Pistorius disse que não poderia fornecer maiores detalhes sobre as identidades ou sobre as especialidades dos investigadores contratados, assim como enfatizou que “é muito habitual a prática de trabalhar com especialistas de vários campos na preparação para qualquer julgamento”.

No último dia 19 de agosto, Pistorius foi oficialmente indiciado sob a acusação de assassinato premeditado de Reeva Steenkamp. Ironicamente, o fato ocorreu no dia em que a modelo completaria 30 anos de idade. Ele alega que atirou em sua namorada por engano, acreditando que havia um intruso dentro de sua residência quando efetuou os disparos em direção ao banheiro da suíte do casal.

A acusação, porém, alega que Pistorius colocou as próteses e atirou em Steenkamp após uma discussão, quando a namorada do atleta estava trancada no banheiro. O astro paralímpico ainda disse que arrombou a porta do banheiro com um bastão de críquete depois de perceber que a modelo não estava na cama ao seu lado no quarto escuro. Em seguida, ele afirmou ter levado a namorada para o primeiro andar de sua casa, onde teria tentado, sem sucesso, mantê-la viva, antes de a mesma morrer em seus braços.

Considerado um ícone do esporte, Pistorius fez história ao se tornar o primeiro biamputado a disputar uma edição da Olimpíada, no ano passado. Correndo com próteses nas duas pernas, ele representou o seu país nas provas dos 400 metros e do revezamento 4×400 metros dos Jogos de Londres. E, em três participações em Jogos Paralímpicos, conquistou oito medalhas, sendo seis delas de ouro.

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