EUA ficam fora das oitavas em Wimbledon após 1 século

Pela primeira vez em mais de um século, nenhum tenista norte-americano se classificou para as oitavas de final da chave de simples em Wimbledon, seja entre os homens ou seja entre as mulheres. Os últimos dois representantes dos Estados Unidos, entre os 23 que entraram na disputa do Grand Slam londrino, foram eliminados nesta segunda-feira.

Nesta segunda-feira, a norte-americana Madison Keys se retirou da disputa por conta de uma lesão na coxa esquerda antes de retomar sua partida da terceira rodada, contra a casaque Yaroslava Shvedova, suspensa por conta de falta de luz no sábado. E John Isner perdeu por 3 sets a 1 para o espanhol Feliciano Lopez. Assim, acabou a participação dos Estados Unidos na chave de simples do torneio.

A última vez em que os Estados Unidos não tiveram nenhum tenista nas oitavas de final das quadras de grama da Inglaterra foi em 1911. Naquele ano, nenhuma mulher norte-americana chegou a entrar no torneio e somente três homens o fizeram.

Dessa vez, 13 mulheres norte-americanas participaram do torneio, inclusive a número 1 do mundo, Serena Williams, que, apesar de ter cinco títulos em Wimbledon, perdeu pela terceira rodada no sábado. Havia também 10 tenistas dos Estados Unidos entre os homens, mas ninguém chegou às oitavas de final.

No ano passado, nenhum norte-americano se classificou nem para a terceira rodada de Wimbledon entre os homens. Na verdade, o tênis dos Estados Unidos está fora das quartas de final da chave masculina de qualquer Grande Slam desde 2011, sendo que o último a vencer um dos quatro maiores torneios da temporada do tênis foi o já aposentado Andy Roddick, que ganhou o US Open de 2003.

Para o ex-tenista norte-americano John McEnroe, que tem três títulos em Wimbledon e quatro no US Open, não há uma explicação única para os fracassos recorrentes dos representantes do país no masculino. “Uma parte disto é cíclico, outra está relacionada ao mal trabalho de formação”, avaliou. “Nós esperávamos sempre ter um Jimmy Connors, um Pete Sampras ou um Andre Agassi, mas, enquanto o mundo aumentou o interesse pelo tênis após o retorno do esporte à Olimpíada em 1988, o mesmo não aconteceu nos Estados Unidos”, completou.

Voltar ao topo