Em crise, São Paulo promete reagir com uma vitória

A pior sequência negativa da história e uma grave crise fazem qualquer pessoa racional apontar uma vitória do São Paulo sobre o Inter, nesta quarta-feira, a partir das 21 horas, no Morumbi, como bastante improvável, mas não existe outra alternativa a não ser vencer, nem que seja jogando mal. Se tropeçar mais uma vez em casa, os são-paulinos ficam na 16ª posição com oito pontos, mas com dois jogos a mais do que os times que estão na zona de rebaixamento.

Os jogadores tentam se apegar a algum ponto positivo, mas reconhecem as enormes dificuldades. “Não temos gordura para queimar, é praticamente a última chance, é ganhar ou ganhar. Sem desespero, mas com a cabeça. Não tem outra coisa a se fazer”, afirmou Luis Fabiano. O tom do discurso do atacante mostra a enorme ansiedade que tem tomado conta dos jogadores do São Paulo nas últimas semanas.

A meta é conquistar quatro pontos nos próximos dois jogos – depois do Inter, em jogo antecipado da 12ª rodada do Brasileirão, o São Paulo enfrentará o Corinthians, domingo, no Pacaembu. Embora a pontuação possa não ser suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento no período de viagem para amistosos no exterior, o elenco ao menos acredita que isso seria um importante fator de motivação.

A primeira barreira a ser superada nesta quarta-feira no Morumbi é a psicológica. O técnico Paulo Autuori tem dedicado boa parte dos treinamentos a conversas individuais com os atletas na tentativa de transmitir confiança ao grupo, sem esquecer dos exercícios de posicionamento feitos à exaustão e que, até aqui, pouco efeito surtiram. O São Paulo continua dando espaços enormes para o adversário jogar e é castigado com gols tolos. E quando fica em desvantagem no placar, se abate e não mostra poder de reação.

Apesar dos vacilos e de ter indicado que poderia até fazer alterações para o duelo com o Inter, o treinador decidiu manter o time que perdeu para o Cruzeiro no último sábado, quando o São Paulo somou a sétima derrota seguida, e aposta na repetição para conseguir dar um padrão à equipe. Dessa forma, “medalhões” que não vêm rendendo o esperado – casos do zagueiro Lúcio, do meia Ganso e do atacante Luis Fabiano – começarão jogando novamente.

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