Derrota abre crise no Paraná

A derrota para o Coritiba instalou a crise no Paraná Clube. Após a partida, o diretor Paulo Welter avisou que vai haver uma cobrança firme em cima de todos. “Nós perdemos para nós mesmos. Algo está errado.”

No entanto, apesar do período turbulento, aparentemente o cargo do técnico Edu Marangon está mantido. Aliás, o treinador estava bastante desiludido ao final do jogo, especialmente pelo bom futebol que a equipe conseguiu praticar na primeira etapa. “Em uma análise fria, o resultado foi injusto. O Paraná teve maior domínio tático, mas acabamos tomando dois gols de bola parada, lamentavelmente em jogadas que treinamos na preparação.”

De fato, o grande pecado do Paraná Clube na partida de ontem foi a defesa aérea. Com jogadores altos, como Lima e Marcel, o Coritiba fez alvoroço com o jogo aéreo – dois dos três gols foram marcados de cabeça. “A opção por três zagueiros foi intencional, pois sabíamos da qualidade do jogo aéreo do adversário. Mas houve erro de posicionamento e isso prejudicou o rendimento defensivo”, disse o treinador.

Sobre as mudanças efetuadas no time Marquinhos deu lugar a Maurílio e Caio a Fernandinho Marangon foi enfático. “Fui forçado a mudar porque o Caio sentiu um problema e Marquinhos estava cansado. Se não dava mais para eles, não tinha outra opção.”

O meia Marquinhos confirmou que não estava sentindo-se bem e pediu para sair. “Se não estou inteiro, não vou prejudicar o time”. Sem papas na língua, o jogador acredita que se o time tivesse tido mais raça, a história seria diferente. “Na hora em que estamos sendo atacados, temos até que dar soco, se for necessário. Temos que defender a bola como se fosse um prato de comida que nos mantêm vivos. Eles fizeram isso”, concluiu.

Pepino

Não bastasse a derrota em campo, o Tricolor vai ter que se explicar sobre incidentes que aconteceram no jogo de ontem. O time foi notificado pelo coordenador do Procon, Algaci Túlio, por não ter, segundo torcedores alviverdes, colocado um número suficiente de catracas e bilheterias. Muitos torcedores perderam parte do jogo por não conseguir entrar no estádio. Outra reclamação da torcida foi o número insuficiente de ingressos destinados a estudantes. Segundo a diretoria paranista, entretanto, foram disponibilizados 30% da carga de ingresso, conforme prevê o acordo firmado entre o Procon e os clubes.

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