Dagoberto ainda não tem retorno garantido

O técnico Mário Sérgio mandou um aviso para os jogadores do Atlético: ninguém vai jogar no nome. Vale para Dagoberto, Ilan, Daniel, Luciano Santos ou qualquer outro jogador que não puder treinar durante a semana. Pela cartilha do “professor”, quem não participar dos trabalhos está fora dos planos e os dois períodos de hoje já estão contando pontos para quem quer uma vaga no time, que pega o Cruzeiro, sábado, na Arena. As principais disputas por posição estão na zaga e no ataque, mas essa definição deve ficar para o dia do jogo.

“Quero ver se realmente o Dagoberto está totalmente recuperado. Não basta ele estar recuperado da contusão, o mais importante é ele estar com o condicionamento físico em dia. Com nome, não adianta, ele tem que jogar aquilo que ele pode jogar e nós sabemos que ele pode jogar”, aponta o treinador. Isso não é somente para o medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. “É um jogo em casa e um jogo decisivo para nós e eu tenho ainda mais dois dias para definir a minha equipe”, despista. Isso significa que a possibilidade de o Rubro-Negro atuar com três atacantes está descartada. “Para você colocar três atacantes seria necessário uma estrutura defensiva muito boa e uma marcação excelente no meio-campo para você não se expor jogando contra a melhor equipe do campeonato”, destaca.

Mário perde um amigo na comissão técnica

Um choque de idéias com a diretoria acabou vitimando o auxiliar Eudes Pedro da comissão técnica do Atlético. Para quem pensava que a contratação de Mário Sérgio para o comando do Rubro-Negro havia resolvido os problemas internos do clube, a demissão do profissional expôs novamente que algumas rusgas ainda não foram superadas no CT do Caju. Para seu lugar, o nome mais cotado é o de Benê Ramos, que está atualmente no futebol chinês e já trabalhou no clube em 2001, com o próprio comandante atual.

Como o presidente Mário Celso Petraglia está em viagem à Europa e o Furacão não tem mais diretor de futebol, a explicação oficial foi passada à imprensa presente ao CT pela assessoria de imprensa. “O desligamento acontece por motivos administrativos”, diz o comunicado publicado no sítio oficial do clube.

Já o treinador atleticano preferiu não polemizar e seguiu uma linha diplomática para falar sobre a saída de seu “amigo”. “Qualquer empregador tem o direito de demitir qualquer empregado. Pode ser um corte de despesa, pode ser incompatibilidade de filosofia de trabalho e um monte de problemas que pode acarretar essa demissão. Eu só sinto porque é um amigo, que eu gosto, respeito e é um ótimo profissional”, analisou.

No entanto, segundo apurou a Tribuna, o pivô da demissão foi uma reunião da diretoria com a comissão técnica, na quarta-feira da semana passada. Um conflito sobre programação física para o elenco teria desencadeado uma discussão, seguida de acusações sobre a melhor forma de condução dos trabalhos. Como na contratação de Mário Sérgio, os dirigentes já haviam relutado em trazer de volta Eudes para o clube, agora, aproveitaram a deixa para descartar mais um profissional que participou da conquista do título brasileiro de 2001.

O comunicado da demissão a Eudes foi feito pelo diretor-superintendente Alberto Maculan no domingo pela manhã, após o treinamento no CT. As razões não foram nem informadas para o ex-auxiliar. A reportagem tentou um contato com Eudes, mas ele prefere falar com a imprensa somente assim que os dirigentes o informarem oficialmente sobre os motivos de sua saída.

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