Mercado da bola: quais são as carências de Athletico, Coritiba e Paraná?

Trio de Ferro

Enquanto se discute quando voltam os campeonatos, o mercado da bola segue fervilhando. De outra maneira, com os clubes tentando negócios que envolvam menos dinheiro, buscando parcerias e pensando até na volta do troca-troca. Athletico, Coritiba e Paraná Clube têm suas políticas de contratação, e não é esse o alvo da análise.

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O que o torcedor quer saber, de boa, é quem o seu time vai trazer nesse mercado da bola, e em que posições há mais necessidade de contratar. Esse é o assunto da vez, o que Furacão, Coxa e Tricolor precisam pra fortalecerem seus elencos. Como não vai dar pra gastar horrores, o negócio é apontar as prioridades.

Mercado da bola no Athletico

Apesar de já ter se movimentado bastante, o Athletico ainda não encontrou o ‘galo marvado’. Os jogadores que foram contratados vão dar mais amplitude para o técnico Dorival Júnior, ele ganha em opções. Mas qual deles chega para jogar? Talvez somente Felipe Aguilar, e por conta da saída de Robson Bambu.

“Preciso de um cara. Ou melhor, de dois”. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Como o negócio é apontar prioridades, cito duas para o Furacão. A primeira é a mais evidente, é um centro técnico. Um meio-campista que consiga ditar o ritmo da equipe, acelerando quando preciso e segurando quando necessário. Essa é uma urgência para o Athletico.

E, pela forma como as coisas se encaminham, talvez fosse o caso de contratar um lateral-direito. Adriano tem que jogar na esquerda, e Dorival Júnior não parece confiante com Jonathan e Khellven, a ponto de pensar em testar Erick no setor. Melhor ir ao mercado da bola e contratar um lateral.

Mercado da bola no Coritiba

Discretíssimo no mercado, para não dizer imóvel, o Coritiba vai avaliando jogadores que se encaixem nas necessidades de Eduardo Barroca e que estejam em condições viáveis de negociação. A única movimentação foi na manutenção de jogadores – renovando os contratos de Giovanni Augusto e Rafael Lima até o final dessa temporada, que sabe Deus quando vai acabar.

“Se contratarem, prometo me comportar…”. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Assim como o rival Athletico, o Coxa também precisa contratar um lateral-direito. Sem Yan Couto, que já é do Manchester City, não dá pra apostar em Patrick Vieira e Lucas Ramón para o Brasileirão. Eles são jogadores de rotação, que entram na eventualidade de um titular, que o time ainda não tem.

Eu também apostaria em mais um atacante. Um finalizador, o cara pra definir as jogadas. Não precisa ser necessariamente um centroavante (Bruno Henrique e Dudu são exemplos de artilheiros que jogam pelo lado), mas um jogador que arrisque mais, que tente mais o gol.

Mercado da bola no Paraná

Da forma que pode, ainda sem qualquer parceria, o Paraná Clube segue se movimentando no mercado da bola. É certo dentro do Tricolor que há necessidade de se reforçar pensando na disputa da Série B – e, convenhamos, essa Segundona está muito aberta, sem aquele favorito disparado. A crise econômica que veio a reboque da pandemia pegou todo mundo e equilibrou a competição.

“Aí a gente vai lá, Lucio, e pede mais reforços”. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Após trazer defensores, a prioridade no Paraná tem que ser o ataque. Faltam jogadores pra ameaçar os adversários. Por conta da proposta de jogo de Allan Aal, a sensação é que a turma da frente gasta muito tempo voltando para marcar, mas isso é do jogo. O que faltava era eficiência ofensiva. Lembrem que no momento mais marcante da temporada, a vitória sobre o Bahia de Feira, os gols foram dos zagueiros Fabrício e Thales e de Renan Bressan.

Então, é preciso ter jogadores de lado de campo com capacidade de drible e um centroavante de mais qualidade. Na Série B, vai ser preciso ter mais força – ano passado, o Tricolor foi bem quando jogava se defendendo, mas a fraqueza ofensiva impediu o acesso. A lição tem que ter sido aprendida.


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