Um dos assuntos da semana, daquelas coisas infelizmente típicas do Campeonato Paranaense: uma mesma empresa tinha sua marca exposta no FC Cascavel e no uniforme dos árbitros. Após a Tribuna do Paraná/Gazeta do Povo ir atrás da situação, escancarada desde a primeira rodada, o time encerrou a parceria com o patrocinador.
O mais inacreditável desta história é que ano passado aconteceu também – com a mesma empresa, com a associação de árbitros e desta vez com o Maringá. Quer dizer, uma questão envolvendo patrocinadores e um dilema ético se repetiu no futebol paranaense.
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Parto do princípio do velho e cansado ditado: não basta ser honesto, é preciso parecer honesto. Em resumo, não se duvida da integridade de todos os envolvidos no caso – árbitros, FC Cascavel e patrocinador -, mas uma situação dessas pode ser evitada para que não haja qualquer dúvida sobre a lisura da competição.
Caso semelhante
Em São Paulo a Crefisa chegou a patrocinar os árbitros, mas a Federação Paulista atendeu a um conselho da Fifa. À época, a entidade local tinha a mesma interpretação dos envolvidos aqui, de que não haveria conflito de interesses. Mas a Fifa achou que tinha e só deu aquele #ficadica suficiente para acabar com a história.
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Tá lá no Regulamento de Arbitragem: “Anúncios de patrocinadores nas camisas de árbitros serão permitidos somente se não criarem conflitos de interesses com nenhum dos times participantes. Caso isso aconteça, o árbitro não deve utilizar nenhum anúncio na camisa”. O texto é de 2011, houve quem dissesse que não vale mais, mas nenhum posicionamento da Fifa veio contrário a esse documento.
Já temos uma competição desvalorizada, infelizmente. Situações como essa, envolvendo um patrocinador, e reações como as vistas por aqui, só tiram mais credibilidade da competição. E quem pagou o pato foi o FC Cascavel, justamente o melhor time do interior até agora. Espero que daqui pra frente não tenham mais essa ideia no futebol paranaense.