A ríspida discussão, com direito a um tapa de Éverton Ribeiro em Lincoln, no final do primeiro tempo da derrota do Coritiba por 2 x 1 para o Cruzeiro, na Arena Independência, no domingo passado, não teve piores consequências. Já no intervalo, os dois jogadores admitiram o erro e logo se desculparam diante de todo o grupo.
Segundo o técnico Marquinhos Santos, esta não foi a primeira vez que houve cobrança entre os jogadores, mas o fato de o time estar perdendo e os dois terem se exaltado chamou mais a atenção. “Os dois se mostraram abertos a pedir desculpas e viram que erraram. Na nossa série de quatro vitórias já houve discussões mais ríspidas que essa, mas que passaram batidas por causa do resultado. Quando você está perdendo o jogo, dá uma dimensão maior. O time já estava de cabeça quente. Os nervos estavam à flor da pele pela situação da tabela e os resultados da rodada”, disse o treinador.
Porém, a briga poderia ter resultado em algo mais grave para o Coxa no jogo, uma vez que os dois atletas poderiam ter sido expulsos. Mesmo assim, a diretoria acredita que tudo já foi resolvido e que não há porque cobrar ou punir os meio-campistas pelo ocorrido. “Poderia ter consequências mais graves, como a expulsão dos dois, mas foi tudo resolvido. O que tinha pra ser conversado já foi feito, a comissão técnica já cobrou deles”, afirmou o vice-presidente de futebol do Alviverde, Paulo Thomáz de Aquino.
No entanto, o dirigente ressaltou que a maneira como os dois discutiram não é normal, mas admitiu a importância da cobrança interna. “Não vou dizer que é normal, mas faz parte do jogo. O grau de exigência está sendo muito alto entre eles. Não sendo de uma forma agressiva é saudável, desde que seja de forma interna e não externa, como acabou acontecendo ontem”, declarou, negando um possível racha dentro do elenco. “Não acredito nisto, não vejo nada de diferente. Tanto que os dois admitiram que erraram e pediram desculpas para todo o grupo e o time voltou à sua normalidade e foi até melhor no segundo tempo. Foi só vontade de ganhar mesmo, no calor do momento. Tanto que um tocou a bola pro outro sem qualquer problema”, completou Aquino.