E agora?

Coritiba tem um novo recomeço, mas com ou sem Tcheco?

Tcheco ainda não sabe se segue no comando técnico do Coritiba. Foto: Jonathan Campos.

A chegada do diretor de futebol Paulo Pelaipe pode fazer a diretoria do Coritiba pensar em uma nova mudança no comando técnico para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, pouco tempo depois de o dirigente admitir uma possível troca, o time coxa-branca, em campo, enfim deu uma resposta positiva e conseguiu vencer o Brasil de Pelotas por 1×0, na última segunda-feira, no Rio Grande do Sul. Não foi uma atuação de encher os olhos. Bem longe disso. Mas a mudança de atitude da equipe alviverde comprovou que os jogadores estão fechados com o técnico Tcheco e uma nova alteração de rota neste momento poderia comprometer a tentativa de reação do clube na segunda divisão.

A atuação mais consistente e a mudança de atitude foram reflexo da conversa franca que o técnico Tcheco teve com os jogadores no domingo, véspera da partida, após um trabalho físico realizado em Pelotas. O treinador, na verdade, ganhou ainda mais o respeito do grupo alviverde que, assim, provou que pode fazer o Coritiba brigar novamente na parte de cima da tabela.

“Nossa conversa foi essencial. Foi realmente uma conversa de homem para homem, franco, direto, em todos aspectos. E acho que está provado nesse jogo, pelas circunstâncias, que a sorte começou a sorrir também para o nosso lado, associado também a melhor técnica, que faltou em alguns jogos. Necessitávamos da vitória e conseguimos. O comprometimento ficou claro, vontade sempre teve. Foi um passo importante a ser dado, mas sempre com os pés no chão”, apontou Tcheco.

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Tcheco, na verdade, tem trabalhado na contramão do ex-técnico Eduardo Baptista. Enquanto o então comandante do Coritiba, ao lado do diretor de futebol Augusto de Oliveira e do gerente de futebol Pereira, decidiu afastar alguns jogadores, o atual treinador coxa-branca está resgatando o grupo. Esse foi um dos pontos altos do comandante alviverde para tentar mudar o rumo do clube na Série B do Campeonato Brasileiro.

“Eu precisava trazer o grupo. Era uma questão mais por parte do professor Eduardo (Baptista) e consegui trazer eles aos poucos. O Alecsandro é essencial e ainda vou ganhar com ele no campo. O próprio Pablo também vinha treinando muito bem. Nessa conversa que tivemos ontem, eu precisava da ação que foi do Pablo e Jean Carlos. Eu precisava de jogadores que batem no peito e falem que podem contar comigo. Já o Simião tem suas qualidades também e precisava de um jogador ao lado do Vitor Carvalho”, explicou Tcheco.

Tcheco tem o apoio do elenco alviverde. Foto: Divulgação/Coritiba.
Tcheco tem o apoio do elenco alviverde. Foto: Divulgação/Coritiba.

Agora com um novo comandante no departamento de futebol, a continuidade de Tcheco à frente do Coritiba será discutida a fundo. Paulo Pelaipe já avisou que o treinador está à frente do time de maneira interina e admitiu uma nova troca. Na verdade, o técnico coxa-branca mal teve tempo para trabalhar. Foram quatro jogos em nove dias, sendo três fora de casa, com apenas quatro pontos conquistados.

Tcheco, na verdade, encara essa possível mudança com tranquilidade, já que se outro treinador for contratado, ele volta a ser auxiliar técnico da comissão permanente do Coritiba. “A minha maior dificuldade de assumir o Coritiba agora foi a questão de treinamento. Não me importa nada em jogar fora. Mas não poder treinar me deixava de mãos atadas. Tentei não ser repetitivo no meu discurso e estou me preparando desde 2012 para isso. Eu sou um funcionário do clube. Se vier outro técnico será bem recebido e a gente vai acatar qualquer decisão e sempre trabalho em prol do coletivo. Eu me sinto realmente preparado”, enfatizou.

Tcheco e Paulo Pelaipe trabalharam juntos no Grêmio, quando o ex-jogador foi capitão e se destacou pela equipe gaúcha. O momento é outro e agora comandante do Coritiba ressaltou a importância de entender o estilo de trabalho do novo diretor de futebol, mas espera também que os jogadores possam ser ouvidos em qualquer decisão que seja tomada nos próximos dias.

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“É entender qual o estilo e o processo de trabalho dele. Algumas coisas serão conversadas nesse ponto, que interfere diretamente no trabalho. Reforço que me sinto preparado e se tiver que continuar, vou continuar. Se os jogadores se sentirem bem, e isso é importante ter um feedback deles, a gente vai continuar. Se vier outro, vamos ajudar da mesma maneira”, arrematou Tcheco.

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