Coritiba de olho na Ásia para futuros negócios

A presença do clube sul-coreano Daegu FC, no CT da Graciosa, é saudada no Alto da Glória como mais uma semente que pode dar frutos no futuro. O estreitamento de relações com clubes de outros países faz parte da proposta de internacionalização da marca Coritiba, com a consequente possibilidade de ganhos comerciais, não só alugando a estrutura para períodos de treinamentos como também no intercâmbio de jogadores. Neste início de temporada, o Coxa emprestou o zagueiro Jeci e o meio-campo Renatinho ao Kawazaki Frontale e também espera abrir portas na Coreia do Sul para outros negócios.

“Esse é um processo em que você vai internacionalizando o Coritiba e é um bom nicho para a gente explorar”, avalia o superintendente de futebol, Felipe Ximenes. Na visão dele, essa aproximação com equipes de outros países pode gerar um intercâmbio duradouro e com isso trazer benefícios ao clube. “Podemos pensar no futuro em jogos-treinos (como o que acontece amanhã em Foz do Iguaçu) amistosos internacionais, mas isso é um processo que a gente precisa construir. Você planta uma sementinha aqui e no futuro pode colher bons frutos”, destaca.

A ligação direta entre Coritiba e Daegu vai além do empréstimo da concentração do Sportsville e do CT da Graciosa. “Essa experiência de pré-temporada do Daegu, aqui no Brasil, é muito diferente do sistema lá. Aqui, estamos mais próximos do que pretendemos implementar na Coreia do Sul”, justifica Denis Iwamura, assistente técnico. Ele é um dos que, em temporadas anteriores, já passaram pelo Alto da Glória junto com o técnico Moacir Pereira e o preparador de goleiros Marcelo Giacomelli.

Para o superintendente Felipe Ximenes, esse intercâmbio deve ajudar a divulgar o Coritiba não só na Coreia do Sul como em toda a Ásia, inclusive a China, que desponta como novo eldorado do futebol brasileiro. “É difícil mensurar essas ações no curto prazo, mas no longo o clube pode conseguir um bom retorno”, diz. Isso vale também para a presença de Jeci e Renatinho no futebol japonês. “São portas que se abrem”, completa o dirigente.