Com hepatite, Rodrigão ficará seis meses longe da bola

O atacante Rodrigão, de 27 anos, vai ficar cerca de seis meses fora de combate no Atlético. Ontem, o departamento médico do Rubro-Negro divulgou o resultado dos exames realizados e ficou constatado que o atleta está mesmo com hepatite. A análise concluiu que se trata do tipo C2, que é a mais benigna das da especificação C, mas perigosa da mesma forma. Na próxima semana, o jogador será submetido a uma biópsia de fígado para apontar a melhor forma de se fazer o tratamento. Após esse procedimento, ele inicia a fase de medicamentos e já está afastado de qualquer trabalho que exija grande esforço físico.

?Os resultados apontaram para uma hepatite de tipo C2. Na segunda-feira, ele será submetido a uma biópsia e a idéia é iniciar o tratamento logo após tivermos esse resultado?, informou Paulo Brofmann, chefe do DM do Furacão. O que indicar o laudo dessa biópsia é que vai definir a forma de combater a doença no atacante. De qualquer forma, terá que ser medicamentoso e os remédios são bastante fortes, o que obriga o jogador a parar as atividades físicas. ?Todas as hepatites são graves, dependendo de como ela é tratada?, justificou o médico atleticano.

Segundo Brofmann, o período de afastamento de Rodrigão dos gramados deverá girar em torno de seis meses. ?Nesses casos, em geral, o tratamento demora em torno disso.

Ele está com uma hepatite crônica, que tem janela de dez, 15 anos, ou seja, ele pode ter pego a doença anos atrás e só agora ela se manifestou?, informou. O clube constatou que o atleta estava doente depois que ele mesmo reclamou de cansaço excessivo após jogos e treinos. Os médicos verificaram os exames de rotina e suspeitaram de hepatite, confirmada pelos novos testes feitos com o atacante.

Rodrigão assinou por dois anos com o Atlético.

Com a camisa rubro-negra, jogou dez vezes e marcou três gols. Fora dos campos, se destaca por namorar a empresária e ex-jogadora de basquete Hortência Maccari. Além de Rodrigão, o técnico Givanildo de Oliveira não conta com os atacantes Dagoberto, que passou por uma artroscopia, e Herrera, sem documentação.

Givanildo prefere estádio ?barulhento?

Será vantagem para o Atlético enfrentar o Santos em campo neutro e com os portões fechados? O técnico Givanildo de Oliveira acha que não. Para o treinador rubro-negro, jogar sem a presença de torcedor é ruim para ambos os lados, mas no domingo vai ter que ser assim mesmo. O Peixe perdeu dois mandos de campo no ano passado por distúrbios durante o Campeonato Brasileiro na Vila Belmiro e tem que cumprir agora.

Por isso, o confronto será disputado no Estádio João Paulo II, em Mogi Mirim, às 16h. Na equipe, o treinador ainda estuda mudanças e mantém o clima de mistério.

?Bem, eu digo com toda a convicção. Já joguei com portão fechado e para mim, como treinador, foi horrível, com aquele silêncio no campo?, opinou. Para ele, às vezes é melhor jogar num alçapão como o estádio santista, com casa cheia e tudo o mais. ?A pressão da torcida do Santos pode ser contra eles também. Se o Santos não vai bem e nós vamos melhor no jogo, eles não fazem gol ou a gente faz, aí vai ter pressão para eles também?, justificou Givanildo.

Pelo menos ele vê um lado positivo na ausência dos torcedores: a possibilidade de se comunicar melhor com os atletas no campo. ?Tem jogo que, se fosse possível, a gente usava megafone. Tem hora que ninguém escuta mesmo e a gente tem que aproveitar um momento que entra a maca para chamar alguém para conversar?, contrapôs.

Além disso, ele pode ouvir os próprios jogadores conversando entre si no gramado. ?Você ouve os jogadores falando, reclamando um com o outro ou qualquer coisa, mas eu fiz dois jogos assim e não gostei não.

É melhor casa cheia?, decretou.

Quanto ao time, a mesma coisa dos dias anteriores. Nada. ?Nós fizemos um trabalho e eu não posso dizer as mudanças porque acaba chegando no Santos. Nós fizemos um coletivo muito bom, com duas formações, e também trabalhamos posicionamento, chegada, tanto defendendo quanto atacando?, expôs. Na verdade, o que deu para constatar foi que um time teve Válber e Fabrício na armação e outro Ferreira e Evandro.

Outra possibilidade é Ferreira entrar no ataque com Válber ou Fabrício na meia.

De certeza mesmo, somente a entrada de Carlos Alberto na lateral-direita, no lugar de Jancarlos, que está suspenso. Do outro lado, o treinador pode ainda escalar Ivan, que retornou aos trabalhos. Tudo vai depender do coletivo de hoje, mas a tendência é que Moreno seja mantido.

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