Grana

Clássico: Quem ganha o Paratiba das finanças?

Foto: Albari Rosa

Dinheiro ganha clássico? Certamente não, porque se fosse assim o time do banco venceria sempre. Mas como Coritiba e Paraná Clube andam lidando com as finanças? Em ano de briga acirrada pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, ter mais ou menos grana pode fazer a diferença na hora do vamos ver. O clássico entre os dois acontece nesse sábado (5), às 16h30, na Vila Capanema

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Nesse aspecto, o Coxa leva vantagem em relação ao Tricolor. Segundo a avaliação do Itaú BBA, que faz análises sobre os balanços dos principais clubes brasileiros, o Alviverde fica à frente em publicidade e patrocínio, renda com bilheterias e sócios-torcedores, uso do estádio, direitos de TV e vendas de atletas, tendo somado receita bruta acumulada duas vezes maiores que o Tricolor – a avaliação foi feita em cima dos resultados de 2018.

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Por estar olhando para o ano passado, a comparação foi feita com o Coritiba na Série B e o Paraná Clube na Série A – o Tricolor subiu consideravelmente suas receitas, especialmente em cotas de televisão (R$ 30 milhões). Do outro lado, por causa do acordo antigo com a Rede Globo, o Coxa ainda mantinha a cota de tevê idêntica à da sua última participação na elite nacional, em 2017 (R$ 59 milhões).

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A diferença também é clara quando se comparam as folhas salariais. O Paraná gasta cerca de R$ 400 mil mensais com o elenco, de acordo com os registros em carteira de trabalho (CLT). O Coritiba, por sua vez, consome R$ 1,17 milhão mensais, também conforme a CLT. Ou seja, a folha salarial coxa-branca alcança quase o triplo da tricolor.

Elogios

O relatório do Itaú BBA aponta virtudes no trabalho administrativo dos dois clubes. No Coritiba, 2018 terminou com a casa em ordem. Isto porque, mesmo com a queda para a Série B, manteve a cota de TV do ano anterior na Série A e cortou custos e despesas, mantendo ainda investimentos nas categorias de base.

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Já o Tricolor foi elogiado por manter os pés no chão, mesmo com o exponencial aumento de receitas decorrentes da participação na Série A do ano passado. Segundo os especialistas, apesar do rebaixamento, o Tricolor fez o melhor dentro do que lhe foi apresentado, utilizando o crescimento de receitas com parcimônia, sem a ânsia de permanecer na elite a qualquer custo.

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