Medalhões

Chegou o Paranaense 2017, o campeonato dos “velhinhos”

Marcos, 40 anos, é o jogador mais velho deste Paranaense. Foto: Marcelo Andrade

Vamos lá de novo. A bola vai rolar a partir de amanhã no Campeonato Paranaense em sua 102ª edição. O jogo de abertura acontece às 17h do sábado, no Janguito Malucelli, entre J. Malucelli e Cascavel, e os quatro times das Séries A e B (Atlético, Coritiba, Paraná Clube e Londrina) estreiam no domingo. Apesar da série de revelações que todo Estadual apresenta, este ano marca a presença efetiva dos veteranos. Medalhões mesmo, aqueles que vão agitar o campeonato e chamar o público para os jogos.

Ano passado, por exemplo, surgiram jogadores como Safirinha, que brilhou no Foz e hoje está no Londrina, e Diego Tavares, destaque do Toledo que atua agora no Paraná Clube. Nos anos anteriores surgiram Otávio, Hernani, Jucilei, Vanderlei, Lúcio Flávio, Lucas Ramón, Wendell Borges, Danilo, Kelvin… Jogadores que começaram por aqui, se destacaram e fizeram carreira – alguns seguem por aqui, outros em grandes clubes do País, outros no exterior e Danilo virou herói, lágrimas, orgulho e memória, inclusive tendo sua camisa aposentada pelo Cianorte neste Paranaense.

Mas um olhar atento para os doze participantes do campeonato – Atlético, Cascavel, Cianorte, Coritiba, Foz do Iguaçu, J. Malucelli, Londrina, Paraná Clube, Prudentópolis, PSTC, Rio Branco e Toledo – mostra que os jogadores experientes ganharam mais espaço neste 2017. No Toledo, estão o goleiro Leandro, 31 anos, que estava no Sampaio Corrêa, e o volante Eurico, 32, que rodou o Estado (Jotinha, Foz, Cascavel, Engenheiro Beltrão…) sempre titular e sempre jogando bem.

O rival do Oeste, o Cascavel, reuniu uma turma de experientes: o goleiro Darci (37), o lateral e volante Raulen (33 anos), o zagueiro João Paulo (32), o volante Makelele (31) e o capitão Léo Maringá (37). Em Foz do Iguaçu está o goleiro Júnior, de 35 anos. Os clubes que voltam à primeira divisão também têm seus representantes na lista dos medalhões – no Prudentópolis estão o zagueiro César Gaúcho, de 38, o lateral Fabinho, de 33 e o atacante Baiano, de 35; e nesta semana chegou no Cianorte o volante Léo Gago, que fará 34 anos no dia 17 de fevereiro.

Até mesmo o J. Malucelli, que surgiu para revelar atletas, partiu para os jogadores mais rodados – o zagueiro Cris (33), o meia Paulinho Oliveira (31) e o goleiro Fabrício (31). No Rio Branco, estão o zagueiro Maceió (30) e os atacantes Bruno Andrade (31) e Lúcio Curió (32). Nem o PSTC, grande surpresa do ano passado com um time de garotos, saiu da estratégia geral, e contratou o goleiro Vítor (31) e o meia Rone Dias (32). No Londrina, o capitão, ídolo maior da torcida e uma espécie de auxiliar de Cláudio Tencati no gramado é Germano, de 35 anos, oito dedicados ao Tubarão.

Trio de Ferro

O Paraná Clube é talvez a equipe que mais aposte em jogadores jovens (mais até que Foz e PSTC, que têm elencos com média semelhante ao Tricolor). Mas, em contrapartida, tem o jogador mais velho do Campeonato Paranaense, um símbolo da competição e da história paranista. Marcos, 40 anos, desistiu do plano de encerrar a carreira no final de 2016 para tentar em mais uma temporada ver o seu time do coração conquistar um título ou o acesso para a primeira divisão. Marcos, além de goleiro e capitão, é um torcedor dentro de campo.

No Coritiba, a lista dos “trintões” tem, além dos volantes Edinho (34) e João Paulo (31), os dois principais jogadores da equipe. No gol, Wilson, 32 anos, o mais regular da equipe nas últimas temporadas, segurança alviverde e identificação imediata com a torcida. E no ataque, Kléber, o Gladiador, 33, o cara que pode decidir o jogo em um lance, talvez o principal destaque individual do Paranaense – e o desejo dele é conseguir jogar o campeonato sem sofrer com as lesões. E ainda pode aparecer a grande vedete do ano, Ronaldinho Gaúcho, prestes a fazer 37 anos, que está avaliando a proposta feita pelo Coxa.

Entre os já confirmados, as atrações mais esperadas estão no Atlético. Não são os rodados Jonathan (30), Paulo André (33) e Lucho González (36), mas sim o meia Carlos Alberto (32) e o atacante Grafite (37). De início, não serão vistos em campos da capital e do interior, porque a prioridade rubro-negra será a Libertadores. Mas quando houver oportunidade, eles estarão em campo no Paranaense, fechando a turma dos veteranos que vão protagonizar o campeonato.