Faltou criatividade

Com as mesmas dificuldades da Libertadores, Atlético pouco criou contra o Jotinha

Grafite mais uma vez teve atuação apagada e foi peça nula em campo. Foto: Albari Rosa

A estreia do time principal do Atlético no Campeonato Paranaense não foi das melhores. Com um futebol abaixo da média e novamente com problemas no seu setor de criação, o Furacão teve muitas dificuldades contra o J. Malucelli e empatou em 1×1 diante do vice-líder do Estadual, na noite de quarta-feira (22), no Ecoestádio Janguito Malucelli. Com 11 pontos e na 7ª posição, o time atleticano terá que pontuar nas duas últimas rodadas diante de Cianorte, na Arena, e contra o Paraná, na Vila Capanema, para conseguir a classificação para as quartas de final do torneio.

Jogando em casa, o J. Malucelli foi melhor que o Atlético no primeiro tempo. Com mais criatividade no meio de campo e com mais alternativas ofensivas, o Jotinha foi logo marcando. O goleiro Santos, que já havia falhado diante do Foz, voltou a errar quando ia sair com os pés e cedeu escanteio aos donos da casa. Aos 4 minutos, depois da cobrança de escanteio de Tomas, Rafael Santiago abriu o placar.

O Atlético conseguiu reagir rápido. Logo em seguida, Felipe Gedoz cobrou falta com perfeição e, praticamente na única chance perigosa criada nos primeiros 45 minutos, empatou a partida. A partir daí, o Furacão abusou dos erros. Provou que o período sem jogo não fez tão bem ao seu time principal. Grafite foi peça nula na etapa inicial e pouco produziu, assim como todo o setor ofensivo rubro-negro.

O Jotinha, então, se apossou do meio de campo. Tomas passou a se destacar do lado dos donos da casa. Aos 22, Jenison quase marcou. Na sequência, Tomas, de fora da área, arriscou e quase fez o segundo. O armador do time do Barigui queria o dele. E quase conseguiu aos 33. Em cobrança de falta, a bola explodiu na trave do goleiro Santos.

Na volta para o segundo tempo, o Atlético seguiu apresentando os mesmos problemas. O meia Lucho González, ora volante, ora meia, estava atuando mais a frente. Na criação, Rossetto pouco produzia. Mesmo assim, o time atleticano, diante do recuo excessivo do Jotinha, criou sua melhor chance de virar a partida aos 5 minutos. De cabeça, Lucho González apareceu livre, mas mandou por cima.

O J. Malucelli seguiu dificultando a vida do setor ofensivo do Furacão. De forma desordenada, o Atlético não tinha criatividade suficiente para quebrar a retranca do adversário. Grafite, que pouco produziu, deu lugar a Crysan. O Rubro-Negro conseguiu melhorar e pressionar somente nos minutos de partida. Enquanto a equipe do Barigui se fechou para segurar o empate, a equipe de Paulo Autuori foi para o tudo ou nada. A melhor chance veio aos 42 minutos, com o zagueiro Marcão, mas que não foi suficiente para evitar o empate no Ecoestádio.