Atlético preparado para sofrer assédio

O Atlético começou a sofrer efetivamente o ataque especulativo das equipes européias sobre seus principais jogadores. O primeiro a ser assediado foi o atacante Washington, que recusou as propostas iniciais, mas empresários, procuradores, agentes Fifas e atravessadores em geral não vão poupar esforços em tentar contratar o artilheiro e outros atletas do elenco rubro-negro como os também atacantes Dagoberto e Ilan e o meia Jádson. Os dirigentes do clube, no entanto, pretendem continuar com todos eles até o final do ano, mas admitem abrir negociação.

“Recebemos cerca de 500 telefonemas por dia”, brinca o presidente João Augusto Fleury da Rocha. Na verdade, não é tudo isso, mas toda entressafra no mercado europeu o clube passa a ter que disponibilizar uma parte do tempo atendendo a interessados em contar com jogadores do Furacão. “O jogo está abrindo agora e as especulações começaram, ou melhor, começou o ataque especulativo”, aponta o dirigente.

De acordo com ele, a intenção é manter todos os jogadores até o final do ano. “Nós esperamos que nosso elenco permaneça íntegro”, revela. Para isso, de acordo com Fleury, o clube conta com algumas armas. “Nós temos algumas cautelas como contratos alongados e salários que os mantenham aqui”, diz. Com exceção de Adriano, os demais jogadores têm contrato de, no mínimo, um ano.

Outra proteção do clube para evitar problemas com transferências milionárias para o Velho Mundo é tratar somente com representantes diretos dos clubes ou agentes credenciados pela Fifa. “Nós só aceitamos propostas do clube contratante”, garante o presidente. Segundo ele, o clube evita tratar com outros tipos de atravessadores para evitar o que aconteceu na venda de Kléberson, onde falsos procuradores “venderam” o meia para diversos clubes.

Negócio

Está praticamente fechado um troca-troca entre o Atlético e o Bahia. Os atacantes Rena e Selmir (este dispensado pelo Paysandu) devem ir para a equipe do técnico Osvaldo Alvarez com contrato até o final do ano, enquanto o volante Saulo viria para a Baixada. Para sair negócio, basta os dirigentes rubro-negros enviarem um fax confirmando a transação. O novo contratado do Furacão tem apenas 17 anos e comporia o elenco de juniores. Ele assinaria por cinco anos com o Atlético e seus direitos federativos ficariam divididos em partes iguais entre o Rubro-Negro e o Tricolor baiano.

Entrevista com Diego

O que o goleiro Diego, do Atlético, mais gostaria que acontecesse nessas duas semanas era que o Campeonato Brasileiro prosseguisse para o time manter o embalo dos últimos jogos. Como, para o Rubro-Negro, a competição só recomeça no domingo, contra o Flamengo, o jogador quer que o time aproveite a chance da intertemporada em Águas de Lindóia/SP para ajustar ainda mais o futebol e manter o pique. Em entrevista ao Paraná-Online, ele diz que a chegada do técnico Levir Culpi foi fundamental para o Furacão voltar a mostrar futebol.

Paraná-Online

– Tribuna – O que aconteceu com o Atlético que voltou a jogar bem?

Diego

– O principal de tudo é que nós aprendemos com os nossos erros. Nós erramos demais no passado, sofremos por isso, mas no Atlético têm atletas inteligentes, que sabem o momento que erraram, que viram onde erraram e aprenderam para corrigir. Para nosso elenco, é como se cada jogo fosse uma decisão.

Paraná-Online

– Tribuna – A chegada do técnico Levir Culpi ajudou o time nessa melhora?

Diego

– Foi um fator importante. A maneira como ele se coloca, a maneira como ele conversa com nós é de fácil entendimento para o atleta. Isso é muito importante, o atleta ter essa confiança e saber que está entendendo muito o que o nosso treinador quer e passar para dentro de campo. Ele é uma pessoa exigente, uma pessoa que cobra bastante, que está sempre mostrando vídeos de jogos, de motivação e isso nos ajuda bastante. A chegada dele foi um fator importantíssimo para a campanha que nós estamos fazendo.

Paraná-Online

– Tribuna – Essa parada no campeonato ajuda ou atrapalha?

Diego

– Eu, sinceramente, gostaria que não tivesse essa parada. Claro que é uma causa muito nobre, que são os jogos da seleção brasileira. Mas, pelo momento que nós estamos atravessando seria muito bom que tivesse logo um jogo para aproveitar essa fase. Por outro lado, vai dar tempo de nós treinarmos, vai dar tempo para o professor Levir colocar em prática algumas situações. Dessa folga, nós temos que tirar um lado positivo, para quando voltarmos na competição estarmos bem.

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