Atlético comemora cinco anos do título de Campeão Brasileiro

O Atlético comemora amanhã cinco anos do momento mais importante de sua história. No dia 23 de dezembro de 2001, o Furacão venceu o São Caetano por 1 a 0, no estádio Anacleto Campanella, e conquistou o título de campeão do Brasil.

A partida final, em São Caetano do Sul, coroou uma campanha quase impecável. Foi a melhor participação de um time do Paraná em 30 anos de Brasileirão. Após 31 jogos, o Rubro-Negro conquistou 19 vitórias, seis empates e seis derrotas, somando 63 pontos e terminando na frente de 27 adversários.

Na trajetória atleticana, alguns jogos ficarão para sempre marcados na memória da torcida.

Placares como 4 a 0 contra o Flamengo, 5 a 1, longe de casa, contra Santa Cruz e Ponte Preta, e 6 a 3 sobre o Bahia mostraram o poder de fogo do ataque rubro-negro, que chegou a 68 gols.

Os artilheiros, Kléber e Alex Mineiro, balançaram as redes 17 vezes cada.

Quando a 1.ª fase terminou com o Atlético na 2.ª posição, atrás apenas do São Caetano, a torcida rubro-negra sentiu que era o momento de chegar ao topo e por nada ele poderia ser desperdiçado. Faltavam apenas quatro jogos para conquistar o Brasil.

Adeus, tricolores paulistas e cariocas

Três dias antes da partida contra o São Paulo, pelas quartas-de-final, as filas de atleticanos em busca de um ingresso já davam a volta ao redor da Baixada. E com a força da galera, o Furacão passou por cima do tricolor, liderado por Kaká, com uma vitória por 2 a 1. E Alex Mineiro começou a colocar seu nome na galeria de heróis rubro-negros ao marcar o segundo gol, aos 36 minutos do 2.º tempo.

A semifinal, contra o Fluminense, foi um dos jogos mais emocionantes já vistos no Joaquim Américo. O Flu saiu na frente, com Magno Alves, no finalzinho do 1.º tempo. Alex Mineiro empatou logo no começo do segundo e colocou o Furacão na frente, aos 24 minutos. Magno ainda marcou mais um para o tricolor carioca, deixando tudo igual novamente. Mas, aos 46 minutos, Alex Mineiro mostrou quem mandava na Arena e garantiu o Rubro-Negro na decisão.

Consagração

A semifinal havia sido eletrizante. Porém, muito mais adrenalina esperava pelos atleticanos na primeira partida da final. Com o Caldeirão em plena ebulição, o Atlético saiu na frente do São Caetano com um gol de Ilan, que substituiu Kléber, suspenso. Mas o Azulão, que disputava o título pelo segundo ano consecutivo, não se intimidou e virou a partida.

A pequena torcida azul presente na Arena, empolgada com a virada, não se conteve. ?É campeão?, gritavam os paulistas, claramente reforçados por coritibanos e paranistas. Erro fatal.

O coro fora de hora mexeu com os brios rubro-negros. Principalmente, com Alex Mineiro.

Um minuto depois, o endiabrado camisa 9 empatou o jogo. Aos 34 minutos, recebeu passe de calcanhar de Souza e fez a Baixada explodir com mais uma virada. Já aos 47 minutos do 2.º tempo, Adriano foi derrubado na área. E de novo ele, Alex Mineiro, bateu o pênalti e fechou o placar em 4 a 2 para o Furacão.

Faltava apenas um jogo para o Atlético vestir a faixa de campeão mais importante de sua história. Os 420 km que separam Curitiba de São Caetano do Sul não seriam obstáculo suficiente para afastar o Rubro-Negro de sua torcida. Uma imensa caravana invadiu o ABC e deixou o Furacão praticamente em casa para decidir o título.

Para os atleticanos, Papai Noel veio mais cedo em 2001. E também com um novo nome: Alex Mineiro. Foi dele o gol que, nas antevéspera de Natal, garantiu à torcida rubro-negra o melhor presente que se podia desejar. Delírio no ABC, explosão em Curitiba. O Furacão era, finalmente, o melhor time do país do futebol.

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