Agora só falta um atacante de área para o Atlético fechar o elenco para o restante do campeonato brasileiro. Ontem, o rubro-negro apresentou dois laterais de uma vez só e um para cada lado da equipe. Do Juventude, chegou Ronildo, para a esquerda, e do FerroCarril Oeste vem Michel, para ocupar o lado direito. Os dois já iniciaram os treinamentos e, se forem registrados até sexta-feira, podem ficar à disposição do técnico Levir Culpi para o clássico de domingo.
“Do Ronildo, eu tenho as melhores informações porque eu trabalhei com o atleta. No Atlético Mineiro, nós tínhamos um lado esquerdo marcante com o Ronildo e com o Marques. Ele é um jogador que vai nos dar um grande reforço”, analisa o treinador. Já Michel, foi avaliado durante três semanas no CT do Caju e também foi aprovado por Levir para a seqüência do nacional. “Esses jogadores dão a tranqüilidade em termos de elenco. Nas partidas decisivas, que nós teremos pela frente, nós não podemos correr o risco de olhar para o banco e sentir aquela dificuldade de recorrer a tudo ao departamento de base”, comemora.
Isso significa que Marcão passa a se fixar como zagueiro daqui para frente no Furacão. “Ele fica mais fixado por dentro. Ele teve uma seqüência de sete/oito jogos, com uma apresentação seguríssima”, elogia. Assim, fica faltando apenas o atacante, mas que os dirigentes do clube e a comissão técnica não conseguem encontrar. “Quando surge um nome, já tem cinco outros clubes correndo atrás”, reclama Levir. Mesmo assim, a busca continua e a idéia inicial é ter um substituto para Washington, ou seja, que fique mais fixo na área.
Apresentação
Motivados pela oportunidade de atuar pelo Atlético no Brasileirão, tanto Ronildo, quanto Michel almejam a titularidade da equipe. “Vamos brigar, quem está jogando está bem, mas eu vim para cá porque tenho condições e vamos brigar para fazer o melhor possível”, diz Michel, que deverá assinar contrato apenas amanhã, por um ano.
Segundo Ronildo, é um privilégio atuar num clube com a estrutura do rubro-negro, mas também vai lutar pela camisa 6. “Eu vim para trabalhar firme e a titularidade vem com o decorrer do trabalho. Espero que meu trabalho possa ser bem feito e a vaga no time surja da forma mais natural possível”, finaliza.
Levir está de olho na estréia do Coxa
O técnico Levir Culpi, do Atlético, não gosta de cantar vantagem sobre o adversário, mas terá um grande benefício na semana de preparação para o clássico. Além de ter todos os dias para pensar somente no Coritiba, o treinador ainda poderá acompanhar a estréia do rival na Copa Sul-Americana e planejar melhor a estratégia para vencer no Alto da Glória, após quase cinco anos. Para este encontro, ele poderá ter os retornos dos zagueiros Marinho e Fabiano, que se recuperam de contusões, além do volante Bruno Lança, do zagueiro Marcão e do meia Fernandinho, que cumpriram suspensão automática.
“Eu vou procurar saber o que está acontecendo, mas eu não costumo ir ao campo. Mas, a gente sabe tudo o que está acontecendo, ainda mais aqui em Curitiba”, diz Levir. Segundo ele, todas as equipes sabem de tudo o que se passa nas outras. Mesmo assim, ele deverá mandar seus olheiros acompanharem de perto a partida entre o Alviverde e o São Caetano, pelo torneio internacional. “Nós estamos procurando saber de tudo para armazenar um arsenal para domingo”, revela.
Além disso, o treinador vai manter a política de não permitir a entrada da imprensa durante os trabalhos técnico e táticos. Questionado se faria algum treino escondido, ele até brincou com a situação. “Escondido, não. Porque, daqui a pouco, a gente não encontra os jogadores. Eu quero ver os jogadores e vai ser o normal, nada de extraordinário”, destaca.