Rivalidade à tona

Atletiba: clássico dos opostos coloca frente a frente individualidade e coletivo

Coletividade do Atlético e individualidade do Coritiba. Números mostram dependências nos elencos. Fotos: Albari Rosa

Sempre que um clássico se aproxima, voltam à tona alguns velhos bordões como “clássico não tem favorito” ou “é um confronto diferente”. E em um Atletiba não é diferente. O duelo do próximo domingo (10), às 11h, na Arena da Baixada, talvez seja um dos mais comentados dos últimos tempos. Nem tanto pela sua importância, mas pelo fato de ter duas semanas de preparação, sem que nenhum dos dois lados entrasse em campo neste período. Há oito dias este Atletiba já vem sendo respirado pelas duas torcidas. E assim será por mais seis.

Porém, o que não é diferente de clássicos anteriores pelo Campeonato Brasileiro é a gangorra de Furacão e Coxa. Normalmente, um dos dois está em alta e o outro em baixa. No primeiro turno, o Coritiba brigava pela ponta da tabela, enquanto o Atlético estava afundado na zona de rebaixamento. 19 rodadas depois, a situação se inverte.

Agora, o Rubro-Negro é o oitavo colocado, a um ponto do G6, enquanto o Alviverde é apenas o 15º, somente um ponto à frente da zona da degola. Momentos que nem sempre se refletem em campo. Quando clássicos foram vencidos por aquele que não vinha bem e via no duelo com o rival a chance de dar a volta por cima?

Por isso, mais importante que o momento na tabela são os números que envolvem as duas equipes no Brasileirão. Os dois clubes já passaram por mudanças de técnico. Com Fabiano Soares, o Atlético mostrou uma evolução e subiu na tabela. Com Marcelo Oliveira, o Coritiba ainda não saiu do lugar. É bem verdade que as trocas não ocorreram no mesmo período, mas a melhora tática apresentada pelo lado atleticano já é bem visível, enquanto no time coxa-branca os problemas se repetem.

Além disso, o Furacão soma mais gols que o rival (25 a 21) e também foi menos vazado (25 a 27), também tendo vencido mais jogos (8 a 7) e perdido menos (8 a 10). Dados que são praticamente esperados, visto que o Rubro-Negro é quem está acima na classificação, apesar da vantagem não ser tão maior.

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Por outro lado, individualmente os números estão a favor do Coxa. Os artilheiros do Coritiba no Brasileirão são Henrique Almeida, com cinco gols, e Kléber, que mesmo fora de 12 partidas já marcou quatro vezes, assim como Rildo. Juntos, o trio soma 13 gols. Para chegar a esta marca no Atlético, é preciso somar cinco jogadores: Sidcley (4 gols), Thiago Heleno e Guilherme (3) e Nikão e Wanderson (2), que chegariam, juntos, a 14. E nenhum deles é atacante de origem, o que mostra a dificuldade do setor na equipe rubro-negra, o que não vem sendo problema no Alviverde.

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Já lá atrás, levando menos gols, o Furacão mostra uma regularidade. O time não foi vazado em oito jogos, enquanto o Coxa passou intacto em sete oportunidades. Porém, levou três gols ou mais em duas oportunidades, nas derrotas por 3×0 para o Sport e 4×0 para a Ponte Preta, enquanto o rival só sofreu uma única goleada, quando tomou 6×2 para o Bahia, ainda na primeira rodada. Vale destacar que os dois lados tiveram uma constante mudança no setor.

Mandante x visitante

Palco do clássico, a Arena da Baixada não vem sendo o diferencial do Atlético este ano. O clube é apenas o 16º colocado entre os mandantes, com quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas, enquanto o Coritiba é o 14º entre os visitantes, com três vitórias, um empate e seis derrotas.

Retrospectos que prometem um Atletiba muito equilibrado e que retoma ao bordão de que “não haverá favorito”. Não dá nem pra dizer que o melhor vai vencer, mas, sim aquele que aproveitar melhor as oportunidades. O que é certo ´que o jogo cada vez mais vai ganhando relevância e expectativa por parte do torcedor.