Que festa!

Torcida do Athletico faz o Caldeirão ferver contra o Boca

Torcida do Athletico lotou a Arena e empurrou o time contra o Boca. Foto: Albari Rosa

Com marcas de suor e sangue, a noite do dia 2 de abril de 2019 entrou para a história do Athletico. Dentro de campo, um confronto digno de Copa Libertadores diante do Boca Juniors, que acabou com a vitória do Furacão, por 3×0. Fora das quatro linhas, o espetáculo se tornou completo com a presença em massa da torcida rubro-negra.

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Não foi nesta terça (2) que se bateu o recorde de público na Arena da Baixada. Estiveram presentes 33.658 pessoas, sendo que o maior número de espectadores é de 40.263. Os ‘hinchas’ do time argentino também não fizeram feio e mesmo que estivessem em pouco número, vieram apoiar o Xeneize na raça. Porém, quem gritou mais alto no apito final foram os brasileiros.

A disputa, válida pela terceira rodada do grupo G da Libertadores, era o duelo mais aguardado pelos torcedores desde o momento do sorteio dos confrontos da fase de grupos. O Boca Juniors, que já levantou seis vezes a taça da competição era, sem dúvidas, um adversário ilustre.

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Antes de ontem, as equipes só tinham se cruzado em janeiro de 1973, pelo torneio Atlântico Sul, quando o Furacão venceu por 2×1, no estádio Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Porém, 46 anos depois, as condições e a importância do confronto eram outras, bem mais expressivas. Vencer, para o Athletico, significaria mostrar que está definitivamente entrando para o roll dos grandes da América do Sul.

Em sua sexta participação na maior competição do continente sul-americano, o Furacão teve um encontro especial com os gigantes argentinos e mostrou que pode bater de frente até mesmo com uma equipe mundialmente respeitada.

Torcidas de Athletico e Boca empurraram seus times na Arena. Foto: Albari Rosa
Torcidas de Athletico e Boca empurraram seus times na Arena. Foto: Albari Rosa

Muito antes do jogo, quando faltavam alguns dias para o duelo, a torcida já estava na expectativa. Do lado atleticano, a busca pelos ingressos foi intensa desde a abertura da venda. Do outro, argentinos que vivem em Curitiba se mobilizavam para recepcionar os conterrâneos que viriam para ver de perto o duelo.

Horas antes do jogão, os apaixonados rubro-negros dominavam as ruas nos arredores da Baixada. Em clima muito amistoso, brasileiros e argentinos se uniam para tirar fotos e fazer provocações de forma saudável. A tradicional música “Mil Gols”, que a torcida brasileira criou para provocar os hermanos exaltando a superioridade de Pelé em comparação a Maradona, era, a todo momento, cantada.

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Já dentro do Joaquim Américo, ainda que nenhuma das torcidas organizadas tenha entrado ao estádio com bandeiras ou instrumentos, a emoção que transpirava das arquibancadas foi transmitida para os jogadores. O Athletico se entregou, teve muita vontade e buscou o resultado a todo momento. No 1×0, com gol de Marco Ruben, algoz do Boca desde os tempos do Rosário Central, a efervescência tomou conta da Arena. Na comemoração, o também argentino Lucho González levou uma cotovelada do companheiro Léo Pereira, sofreu um corte, sangrou e precisou jogar com uma touca de natação.

Marco Ruben agradece o apoio da galera. Foto: Albari Rosa
Marco Ruben agradece o apoio da galera. Foto: Albari Rosa

Mesmo que os torcedores argentinos tenham buscado empurrar seus jogadores durante os 90 minutos, foi a torcida atleticana que se sobressaiu. Os rubro-negros abafaram qualquer tentativa dos hermanos de aparecerem no estádio. Como bom anfitrião, o Athletico mostrou que também sabe fazer um espetáculo e não permitiu, no grito, qualquer chance de reação da equipe Azul y Oro.

Aos 18 minutos da segunda etapa, Marco Ruben acabou levando a pior com uma dividida com o goleiro Andrada. Sangue no rosto e um curativo para seguir na partida. Cinco minutos depois, o temido compatriota dos Xeneizes fez o segundo. E ainda deu tempo pra mais um do matador: oportunista, ele aproveitou o rebote do goleiro pra sacramentar os 3×0. A torcida foi à loucura. No apito final, quem vibrou um resultado importantíssimo, conquistado com muita doação em campo, foi o Athletico.

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