Méritos divididos

Sucesso do Athletico em 2019 se deve aos bons momentos de diferentes jogadores

Bruno Guimarães foi um dos mais regulares do Furacão, mas outros nomes também brilharam ao longo do ano. Foto: Albari Rosa

A temporada de 2019 vem sendo especial para o Athletico. Não só para o clube em si, que conquistou o Campeonato Paranaense, a Levain Cup e a Copa do Brasil, mas também para muitos jogadores. Ao longo do ano, muitos nomes se destacaram e foram essenciais para que o Rubro-Negro alcançasse os títulos.

Nenhum atleta se manteve em alta ao longo de todos os meses, mas cada um teve seu momento de brilho e acabou sendo decisivo de uma maneira coletiva. O primeiro a chamar a atenção foi o atacante Marco Ruben. O argentino foi contratado para substituir Pablo, negociado com o São Paulo, e rapidamente caiu nas graças da torcida.

O camisa 9 chegou com tudo. Contando só jogos oficiais, ele marcou seis gols nas primeiras seis partidas pelo Furacão, com direito a três deles na vitória por 3×0 sobre o Boca Juniors, na Arena da Baixada, pela fase de grupos da Libertadores. Depois, voltou a marcar contra o Boca, na Bombonera, fez o gol da vitória sobre o River Plate, na ida da decisão da Recopa, e também garantiu o triunfo por 1×0 sobre o Fortaleza e, consequentemente, a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil.

Companheiro de ataque de Marco Ruben, Rony também teve seus altos e baixos. Apareceu sempre em momentos decisivos, como fazendo o gol de empate contra o Flamengo, no Maracanã, levando a disputa para os pênaltis e, consequentemente, dando ao time a vaga na semifinal da Copa do Brasil. Também marcou contra o Shonnan Bellmare, no Japão, e fez o gol decisivo na final da Copa do Brasil diante do Inter. Além disso, em muitos outros jogos, por ser a saída em velocidade da equipe, criou boas jogadas e participou de lances importantes.

Marco Ruben foi carrasco dos argentinos no início da temporada e mostrou faro de gol. Foto: Jonathan Campos
Marco Ruben foi carrasco dos argentinos no início da temporada e mostrou faro de gol. Foto: Jonathan Campos

No segundo semestre, os destaques se revezaram. Começando pelo zagueiro Robson Bambu. Reserva na maior parte da temporada, ele entrou ainda no primeiro tempo do jogo de ida das quartas, contra o Flamengo, e foi um dos destaques daquela partida. Depois, foi importante na reação contra o Grêmio, na semifinal, quando o Athletico venceu por 2×0 e se classificou nos pênaltis. Na final, contra o Internacional, no Beira-Rio, foi um dos melhores em campo, segurando o ataque colorado.

Por falar naquela decisão, a partir dali muitos outros cresceram. O mais ’memorável’ pelo torcedor é o atacante Marcelo Cirino, muito por conta da bela jogada em Porto Alegre, quando deixou dois marcadores pra trás com um toque de calcanhar e, na sequência, tocou para Rony garantir a vitória. Nas partidas seguintes, ele virou titular e já marcou três gols desde então.

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Mas o caso mais emblemático foi Léo Cittadini. Um pouco antes, na semifinal do torneio, é que ele virou titular. E aproveitou muito bem a chance. Abriu o placar no Beira-Rio e marcou um total de quatro gols em um intervalo de seis jogos, dando mais velocidade e agilidade no setor de criação atleticano.

Léo Cittadini cresceu de rendimento a partir da final da Copa do Brasil. Foto: Albari Rosa
Léo Cittadini cresceu de rendimento a partir da final da Copa do Brasil. Foto: Albari Rosa

Além deles, o zagueiro Léo Pereira, principalmente no primeiro semestre, e o meia Nikão, que evoluiu depois de quase ir embora, inclusive acabando com jejum de gols, tiveram seus momentos ’iluminados’ e sendo importantes em algumas partidas.

Seleção

Entre todos que se destacaram nesta temporada, dois foram os que tiveram a maior regularidade: o goleiro Santos e o volante Bruno Guimarães. Até por isso, os dois chegaram à seleção brasileira, principal e olímpica, respectivamente.

O camisa 1 mostrou segurança sempre que exigido e ainda foi determinante na conquista da Copa do Brasil, principalmente nas cobranças de pênaltis, contra Flamengo e Grêmio, com defesas importantes.

Já Bruno Guimarães é o cérebro do Athletico. Quase todas as bolas passam pelos pés dele na construção das jogadas ofensivas, além de ele mesmo aparecer lá na frente. Tanto é que fez gols que deram vitórias importantes para o Athletico, como os 1×0 sobre o Tolima, na fase de grupos da Libertadores, e contra o Inter, na ida da final da Copa do Brasil. Sem contar que foi ele quem cobrou o pênalti decisivo contra o Flamengo, no Maracanã.

Desempenhos que explicam o sucesso do Rubro-Negro ao longo de todo 2019, dividindo a responsabilidade com diversos jogadores e não sobrecarregando ninguém, fazendo com que a equipe, embora tenha tido oscilações em alguns momentos, manteve a boa performance, principalmente em confrontos decisivos.

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