Hora do adeus

Os bastidores da viagem do Athletico a Buenos Aires

Delegação atleticana se despede da capital argentina. Foto: Jonathan Campos.

A derrota por 1×0 para o Boca Juniors, na última quarta-feira (31), não deve abalar tanto jogadores e torcedores do Athletico. Diante de uma cansativa viagem – o time sequer ficou 48 horas em Buenos Aires -, os contratempos incomodaram mais.

Se na chegada, a delegação teve um atraso de quase duas horas, na volta foi ainda pior. A previsão era que os atleticanos embarcassem de volta para Curitiba logo após a partida. Porém, o aeroporto internacional de Buenos Aires, Ezeiza, estava fechado por causa das condições climáticas. Com isso, o voo passou para às 8h da manhã desta quinta-feira (1), mas aí foi a vez de o Aeroporto Afonso Pena estar com dificuldades. No final, o avião fretado pelo clube decolou apenas 9h45.

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Com isso, os jogadores do Furacão foram embora da Bombonera com um pouco menos de pressa. Enquanto aconteciam as entrevistas na zona mista, os demais atletas passavam com um semblante mais tranquilo. Ninguém estava de cara fechada ou correndo para chegar logo ao ônibus. A impressão é que todos dividiam a opinião de quem falou com a imprensa, de que o elenco deu seu máximo e não podia se abater. Até mesmo o presidente do clube, Luiz Sallim Emed, se mostrava conformado.

Um clima que se refletia também nos torcedores. Nesta quinta, o aeroporto argentino se vestiu de vermelho e preto, por causa da volta para casa e o sentimento era de frustração pelo desempenho do time em campo. Muitos se queixaram da apatia demonstrada pelos jogadores, mas a vontade de chegar em Curitiba minimizava essas queixas.

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Já o oposto se deu com os argentinos, que estavam em um ritmo intenso. Assim que o jogo acabou, toda a imprensa foi para a sala de entrevista coletiva. Como de costume na Libertadores, o técnico do time visitante é quem fala primeiro. E enquanto esperavam e se ajeitavam, os jornalistas locais queriam arrancar respostas de Tiago Nunes de duas declarações recentes. A primeira sobre o fato de o Boca não ter “jogado futebol na Arena”.

“Será que agora ele vai falar que o Boca Juniors jogou e o Paranaense não? Qual a necessidade? Foram lá e ganharam e aqui também, o que é jogar futebol para ele?”, resmungou um para o colega. Mas a mais polêmica foi logo após a vitória diante do Cruzeiro, quando o comandante atleticano disse que quem apostasse no Furacão na Argentina iria ganhar dinheiro com eles. Praticamente todos os jornalistas queriam tirar algo de Nunes, mas optaram por não pegar o microfone. Tanto que as perguntas da coletiva foram feitas apenas por brasileiros.

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Passada a partida, o ambiente da Bombonera também mudou. As diversas faixas dos candidatos à presidência do Boca – a eleição acontece em dezembro – já não estavam todas lá. Porém, dentro e fora do estádio a campanha política era enorme, com folhetos sendo distribuídos nas ruas. Lá dentro, assessores dos candidatos buscavam jornalistas para fazerem entrevistas com os possíveis presidenciáveis.

Diversas faixas dos candidatos à presidência do Boca estavam espalhadas nos arredores da Bombonera. Foto: Jonathan Campos
Diversas faixas dos candidatos à presidência do Boca estavam espalhadas nos arredores da Bombonera. Foto: Jonathan Campos

A reportagem da Tribuna do Paraná, inclusive, foi abordada para falar com um deles, isto com pouco mais de uma hora para a bola rolar, o que mostra o clima que os xeneizes enfrentarão nos próximos meses. Enquanto isso, o Rubro-Negro tentará, neste período, superar o desgaste com a maratona de jogos e viagens para seguir com tranquilidade até o fim da temporada.

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