Buenos Aires – A postura do Athletico na derrota por 1×0 para o Boca Juniors, na noite de quarta-feira (31), na Bombonera, em nada refletiu a confiança de elenco e torcedores antes de a bola rolar. O próprio técnico Tiago Nunes admitiu que o time argentino foi superior nos dois confrontos, que custaram a eliminação do Furacão na Libertadores.
O treinador tentou destacar os bons momentos do Rubro-Negro jogando em Buenos Aires, mas sabe que nestes 180 minutos a equipe não foi tão bem como na fase de grupos, quando chegou a ganhar do mesmo Boca por 3×0 na Arena e venceu caro a derrota por 2×1 na Bombonera.
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“Creio que passou a equipe que mereceu mais no somatório dos dois jogos. O Boca é uma equipe que erra muito pouco e consequentemente gera poucas oportunidades de gols ao adversário. Tentamos jogar, sermos criativos, atacar o adversário, mas esbarramos na marcação do Boca. Então parabenizei o Gustavo Alfaro pela classificação, mas também a minha equipe, pela postura que teve na competição”, analisou o comandante atleticano, que também viu este duelo nas oitavas como um pouco de azar.
“Fizemos uma primeira fase muito boa, mas tivemos má sorte no sorteio. Poderíamos ter pego uma equipe menos tradicional, mas faz parte do aprendizado. O Athletico está crescendo, evoluindo, e quanto mais disputamos competições deste nível, mas próximos ficamos na condição de sermos campeões”, completou.
Desde a derrota por 1×0 na Arena, na última quarta-feira (24), o discurso de Tiago Nunes era de otimismo e confiança. Logo após a vitória por 2×0 em cima do Cruzeiro, sábado (27), no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, ele chegou a falar quem apostasse no triunfo do Athletico na Argentina iria ganhar dinheiro.
Só que, em campo, falou mais alto a tradição em Libertadores. Para Nunes, o Furacão ainda precisa amadurecer em duelos como estes, mas está no caminho e que 2019 está sendo muito útil neste aspecto.
“O discurso sempre foi de confiança porque o Athletico quer ser campeão e do fundo do meu coração eu sempre acreditei que seria possível. Eu nunca desisto e quero que meus jogadores acreditem. Mas faltou um pouco mais de experiência. Nossa equipe tem jogadores com bagagem, que já foram campeões da Libertadores, mas ao mesmo tempo temos jogadores bastante jovens. Naturalmente, ter mais bagagem, disputar mais jogos internacionais, estar mais preparado para enfrentar grandes jogos é o que vamos adquirindo. Esta temporada ainda é de aprendizado, para quem sabe em um futuro próximo brigarmos por títulos internacionais”, definiu.
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Por fim, Nunes ressaltou que o Rubro-Negro, para chegar até onde chegou, superou muitas dificuldades nos últimos meses, mas que mesmo assim não se entregou. Situações que entram neste amadurecimento citado anteriormente.
“Nossa intenção era estarmos na final, brigarmos pelo título. Estamos em um clube que está crescendo muito e quer ser campeão. Temos um planejamento ousado e apostamos alto. Eu fiquei feliz pelo desempenho da equipe na competição. Tivemos dificuldades durante a temporada, como os jogadores que tiveram problemas com o doping, que é Thiago Heleno e o Camacho, perdemos o Renan (Lodi), que era importante, e dentro disso nosso grupo continuou crescendo e se descobrindo. Saio feliz pela entrega dos jogadores”, concluiu o treinador.
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