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Athletico caiu de produção e vem se complicando em momentos decisivos

Rony lamenta. Contra o Grêmio, mais uma vez ataque do Athletico pouco conseguiu produzir, com a bola quase nem chegando lá na frente. Foto: Albari Rosa

A derrota por 2×0 para o Grêmio, na quarta-feira (14), pela ida das semifinais da Copa do Brasil mudou um pouco o ambiente no Athletico. Na verdade, ressaltou uma má fase que o time vive recentemente. O título no Japão, quando goleou o Shonan Bellmare por 4×0, na semana passada, foi um ‘ponto fora da curva’. Nos últimos quatro jogos que fez, o Furacão perdeu três, sendo eliminado pelo Boca Juniors da Libertadores e se complicando no mata-mata nacional. E em todos os casos não apresentou um bom futebol.

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Tanto que as reclamações nas redes sociais após o tropeço em Porto Alegre foram grandes. Sobrando, inclusive, para o técnico Tiago Nunes. Visto como um ídolo já pelos atleticanos, o treinador foi alvo de críticas pelas escolhas na escalação, em especial o volante Lucho González, e também pelas atuações do Furacão. O próprio comandante atleticano admitiu que a equipe deixou a desejar.

“Me incomoda ser derrotado da maneira que fomos, ficando atrás, perdendo muitos duelos individuais. Se você dá espaço, naturalmente você vai sofrer muito e este espaço me deixou muito chateado. Nós treinamos, direcionamos informações para neutralizar o máximo possível, marcar mais na frente. Sofremos muito por isso e me incomodou”, afirmou ele, após a partida.

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Só que esta dificuldade não aconteceu apenas em Porto Alegre. Contra o Boca, nos dois jogos o Rubro-Negro rendeu bem abaixo do esperado. Na Arena, na derrota por 1×0, o time se sentiu acuado e sofreu com o ataque dos argentinos. Na volta, na Bombonera, o desempenho foi ainda pior. Depois de bater o Cruzeiro, no Mineirão, a promessa era de ir pra cima e buscar a classificação. Só que o Athletico foi apático e pouco deu trabalho. Pelo contrário. Sofreu e correu o risco de voltar para casa goleado.

Em Porto Alegre, a atuação foi semelhante. O Furacão pouco atacou e, depois que levou o segundo gol, poderia ter levado mais. Ainda assim, para chegar à final da Copa do Brasil o Rubro-Negro terá que vencer por, no mínimo, três gols de diferença. Ou por dois para levar a disputa para os pênaltis.

“O Grêmio tem uma vantagem enorme. 2×0 em um mata-mata desse nível é muito grande. Então vamos ter que ter um jogo de imposição física e técnica muito grande em casa para reverter. Confiança eu tenho, mas temos que ter um perfil de atuação muito melhor. Já tivemos atuações deste nível em casa e que geram inspiração e confiança. Mas todos nós temos que ter humildade e admitir que temos que melhorar”, disse Nunes.