Ainda na ativa, Tommy Haas é contratado para ser novo diretor de Indian Wells

Ainda “não completamente aposentado”, o tenista alemão Tommy Haas foi anunciado nesta sexta-feira como o novo diretor do Torneio de Indian Wells. O atleta de 38 anos vai substituir Raymond Moore, que deixou o cargo em março após declarações polêmicas sobre o circuito feminino.

Haas, que completa nesta temporada 20 anos de circuito profissional, ainda não anunciou sua aposentadoria oficial, embora não entre em quadra desde outubro do ano passado. Uma sequência de lesões vem atrapalhando seu retorno aos jogos oficiais nos últimos meses.

Mesmo afastado há oito meses e sem qualquer ritmo de jogo, o alemão não descarta o retorno. “Eu não estou completamente aposentado, mas há uma chance. Se o meu corpo não me permitir voltar completamente ao jogo, eu posso estar com a carreira finalizada”, declarou Haas.

Ex-número dois do mundo, o tenista da Alemanha faturou 15 títulos no circuito profissional e alcançou a semifinal de um Grand Slam em quatro ocasiões. Um dos seus melhores momentos em quadra aconteceu nos Jogos de Sydney-2000, quando conquistou a medalha de prata.

Sua carreira, contudo, foi marcada por problemas físicos. Duas cirurgias foram fundamentais para reduzir seu rendimento nos últimos anos: uma no ombro, há dois anos, e outra no pé direito, realizada há apenas seis semanas. Em Indian Wells, seu melhor resultado foi as quartas de final, em 2007.

“Há uma equipe muito boa na direção do torneio. Meu papel será fazer o necessário para que o torneio mantenha a direção que quer seguir. Com meu conhecimento do jogo, acho que posso contribuir com boas ideias”, declarou Haas, que ainda precisa ser aprovado pelos conselhos da ATP e da WTA.

O tenista alemão vai assumir o cargo que era ocupado por Raymond Moore até março deste ano. Ele se demitiu após gerar polêmica com comentários sobre o circuito feminino durante a disputa da competição neste ano. Moore afirmou que as tenistas tiram vantagem do circuito masculino e são “ajudadas” pela popularidade de atletas como Roger Federer e Rafael Nadal.

As declarações irritaram diversas jogadoras, como a número 1 Serena Williams, que pediram a saída de Moore do cargo. Pressionado, ele anunciou sua demissão dias depois da polêmica.

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