É preocupante o fato de que o sedentarismo tornou-se um traço marcante da atual sociedade e se manifesta de modo crescente na infância e adolescência. Já se foi o tempo que estas fases da vida eram sinônimos de movimento!
Apesar das particularidades do crescimento e do desenvolvimento humano, o organismo de crianças e adolescentes também responde, como o dos adultos, ao exercício ou à falta dele. Hoje, devido à inatividade, já encontramos um contingente significativo da população que precocemente apresenta problemas de saúde e baixos níveis de aptidão física.
Portanto, devemos fortalecer a importância de atividades físicas para crianças e adolescentes, uma vez que lhes propiciam diversos benefícios, como a melhoria de um conjunto de capacidades físicas (força, flexibilidade, resistência aeróbica e anaeróbica, etc.) e do sistema musculoesquelético, a diminuição do risco de doenças crônicas, o estabelecimento de uma composição corporal saudável (menos gordura em proporção à massa magra), o aumento no desempenho de tarefas cotidianas e os efeitos positivos sobre fatores psicossociais.
Logicamente existem alguns aspectos a serem observados: 1º) a atividade física precisa ser interessante e prazerosa, para tanto, o caráter lúdico deve ser priorizado; 2º) evitar sobrecargas que predisponham a lesões agudas e crônicas aos tecidos ósseos e musculares; 3º) monitorar as condições ambientais, coibindo exercícios em temperaturas elevadas; 4º) desestimular a especialização prematura e o surgimento de circunstâncias de elevada tensão emocional, algo muito comum na prática esportiva com ênfase em resultados; 5º) respeitar os limites fisiológicos de cada estágio de desenvolvimento; 6º) valorizar os cuidados com a segurança na realização das práticas corporais.
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