Onde investir na crise?

Sempre recomendo que as pessoas poupem para a velhice ou com qualquer outro objetivo. Uma parte do salário ou um dinheirinho extra que apareça. Então muitos me perguntam o que fazer com o dinheiro nessa época de indefinição quanto ao futuro do país, até pela eleição que vem por aí.

Vamos lá. O que importa é o objetivo do investimento e o tempo em que vamos precisar resgatá-lo, ou seja, a liquidez.

Pois bem, todos devemos ter uma reserva para emergência, por exemplo, para um período desempregado ou para um procedimento médico não coberto pelo plano de saúde. Dinheiro que, na segunda cedo, vamos ao banco e podemos sacar. É investimento de curto prazo e este só tem um destino: SELIC, a taxa básica de juros da economia. Produtos, são dois: LFT, que compramos abrindo uma conta no Tesouro Direto, ou cotas de um Fundo DI no banco que tem como base exatamente a variação da SELIC. O pulo do gato aqui é a taxa de administração, que nunca pode superar 1%.

Já se o investimento for para resgate no médio prazo – para lá de 5 anos – para dar entrada num imóvel ou fazer uma viagem com a família, o destino do investimento é outro. Um CDB de um banco médio, que vai pagar uns 110% do CDI cotas de fundos multimercado, letras de crédito do agronegócio e NTNBs.

Por fim, se não precisar do dinheiro no curto e médio prazo, vale a pena ter uma outra previdência, especialmente num fundo de pensão, para complementar a previdência social.

Resumo: tão importante quanto escolher onde investir é ter claro qual a finalidade do investimento e o momento em que vai precisar do dinheiro. Porque, se errarmos nisso, a tendência é que, ao interromper um investimento, paguemos mais imposto e deixemos de lucrar o inicialmente previsto.

Por fim, entregar o futuro a quem entende de investimentos e não arriscar individualmente, na Bolsa, por exemplo.

 

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