30 sorvetes para experimentar em sorveteria tradicional de Curitiba!

sorveteria quebra gelo
Foto: Átila Alberti / arquivo Tribuna do Paraná.

Depois de um pequeno período de férias – foi apenas uma semaninha sem reportagens salivantes – volto com uma boa dica, dessas para “quebrar o gelo”. Se podemos considerar que é quase verão em Curitiba, uma pequena sorveteria no bairro Tingui vai certamente aliviar toda essa “fervura global” dos últimos dias.

A simples fachada pode até enganar algum desavisado no inverno, mas no verão, ou pelo menos num dia quente e de sol em Curitiba, o movimento pela rua João Batista Trentin chama atenção. Fundada pela dona Marli e seu Nerivaldo, a Quebra Gelo é como um pedacinho do interior dentro da capital. Explico!

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Minhas férias escolares eram sempre no interior de São Paulo, na casa da minha avó. Com uma pequena bolsinha vermelha, desses porta-moedas com fecho de bolinhas de metal, a dona Délia levava as netas para tomar sorvete no fim da tarde. Lá íamos, as três irmãs e a pequena Delita, andar poucas quadras até a sorveteria, já pensando em qual sabor provar. Eu sempre tentava escolher algo novo, enquanto minha avó pedia o de sempre: passas ao rum.

Mas voltando a Curitiba, a sorveteria Quebra Gelo faz a gente voar longe para o passado. Para os tempos de criança, tempos em que tomar sorvete exigia esforço e destreza para não sujar o vestido bonito de ir a missa. O preço honesto e os mais de 30 sabores da Quebra Gelo é um convite e tanto uma boa casquinha.

Uma bola de sorvete, na casquinha ou copinho, custa R$ 4,50. Na cestinha, uma bola fica R$ 5,50. Há opções com duas bolas, na casquinha (R$ 8,50) ou cestinha (R$ 9,50), e também três bolas, na casquinha (R$ 12,50) ou cestinha (R$ 13,50).

Os 30 sabores são mais que suficientes para agradar tanto os paladares clássicos – como flocos, chocolate, creme, morango, ovomaltine – e também os que adoram provar algo diferente – mamão, maracujá, sedução, iogurte com amora, paçoca e nozes são alguns da lista.

A cada ano, a sorveteria aposta num sabor diferente, em alta para a temporada. “Esse ano temos dois novos sabores, de pudim de leite e marshmallow. Também tem alguns em teste, com caramelo salgado, de churros”, conta Patrícia Nery, uma das proprietárias do negócio.

História de família

Ter pais donos de uma sorveteria parece ser sonho de qualquer criança. Patrícia Nery, hoje com 52 anos, foi quem contou a história da Quebra Gelo para o Rango Barateza. Seus pais, Marli e Nerivaldo, abriram o negócio em 1982. De lá para cá, a fabricação dos sorvetes segue praticamente a mesma, sempre com a preocupação de usar ingredientes de qualidade.

Patrícia e Nerivaldo Nery. Foto: Átila Alberti / arquivo Tribuna do Paraná.

“No começo, fazíamos sorvete com leite de pacote, líquido. Era muito difícil e caro achar leite em pó. Com o tempo, as coisas foram ficando mais fáceis, de melhor acesso. A gente modificou algumas coisas. Vem produto novo, base nova. Mas produzimos sorvete sempre com sabor e qualidade”, conta Patrícia.

Os sabores clássicos continuam sendo a preferência geral. Entre os campeões, flocos e iogurte com amora. Logo em seguida, ovolmatine, sedução, mamão e maracujá estão entre os mais vendidos.

Num domingo de sol e calor em Curitiba, a movimentação na sorveteria é intensa. Em média, num dia de alto movimento, a sorveteria chega a vender quase 1,5 mil litros da sobremesa. Se cada bola de sorvete tem em média 100 ml, são 1.500 bolas de sorvete num único dia. Em contrapartida, num dia de frio e chuva, a Quebra Gelo não chega a vender 100 litros de sorvete.

“Somos reféns do tempo. Todo dia, antes de dormir, ou na hora que eu acordo, vejo a previsão. Eu tenho um quadro bom de funcionários fixos, mas quando preciso, num domingo de sol por exemplo, é difícil. Pouca gente se compromete. Aí tenho que ir para o balcão”, revela a empresária.

Calor atípico vem para recuperar perdas

A semana toda de sol e calor em Curitiba em pleno setembro? A família Nery é só sorrisos. Depois de uma pandemia e de uma temporada ruim para o sorvete, veio a chance de recuperar o baque.

“A gente está levando sorte que tem sido um calor atípico no meio do ano. Depois da pandemia, tivemos uma temporada ruim para o sorvete. Com muita chuva e pouco calor, teve muito sorveteiro que quebrou na cidade. Estamos esperando que o verão seja atípico, quente, para poder recuperar. Mas sempre ficamos com um pé atrás. Lembro de Natal em Curitiba com blusa de lã. Não dá pra fazer muitos planos”, explica Patrícia.

Mesmo com clientela fiel e movimento alto durante os dias de calor, a Quebra Gelo mantém a tradição e qualidade por 40 anos sem deixar de ficar de olho no mercado, nas tendências.

Para trazer sempre novidades a cada ano, Patrícia marca presença nas feiras nacionais de tendência do setor. “A gente vê o que é novidade e adapta para a nossa sorveteria. Tem alguns produtos que ficam caros, inviável colocar aqui, acaba encarecendo. Como ganhamos na quantidade, a gente vai adaptando algumas coisas. Temos as nossas bases e agregamos os sabores”, revela.

Foto: Gabriel Muxfeldt / divulgação.

Vai de Quebra Gelo?

A sorveteria no Tingui oferece também milkshakes, de vários sabores, em dois tamanhos R$ 9 de 300 ml e R$ 12 de 500 ml. Há também opções de açaí, com frutas e adicionais, a partir de R$ 14 o copo de 300 ml.

Os picolés a base de água custam R$ 1,50, sabores simples e tradicionais: morango, limão, uva, groselha, maracujá, manga, kiwi. Os cremosos custam R$ 2: doce de leite, coco queimado, chocolate, etc. Os com casquinha de chocolate, tipo esquimó, são R$ 2,50. A sorveteria oferece aluguel de carrinho de picolé para eventos.

A Quebra Gelo fica na Rua João Batista Trenti, 961, no Tingui. Abre de segunda a sábado, das 13h30 às 19 horas. Aos domingos, das 10h30 às 19 horas. Telefone: (41) 3256-1502.

*Os valores do cardápio divulgados no post são de setembro de 2023 e podem sofrer alterações.

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