Bar tradicional de Curitiba oferece petisco clássico que merece aplausos

O Bar do Dante é daqueles bares com serviço completo: bons petiscos, estufa de salgados com bolinho de carne, salgadinhos, cachacinha, cerveja gelada, e turma toda reunida em volta da mesa conversando. No balcão, uma bela coleção de rótulos etílicos, um caderninho com uma caneta bic, copos americanos num escorredor de louças, amendoim salgado.

A tradição e a atmosfera agradável se mantém há pelo menos 30 anos. E vou logo dizer, quem já provou pelo menos um dos grandes sucessos do Dante faz questão de voltar. Escolher um preferido do cardápio é tarefa árdua, diria até que dá para escolher um bom petisco de olhos fechados. Como não vou encerrar aqui sem eleger um preferido, confesso minha paixão: os risoles do Dante, uns dos melhores da cidade.

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A carne moída bem sequinha, frita e soltinha, bem temperada, vira recheio generoso do salgado (R$ 8). A massa é simples e a casquinha do empanado crocante o suficiente para completar o combo saboroso. Na versão camarão (R$ 10), o recheio vem bem cremoso e também farto. Temperados na medida, os pequenos camarões são refogados e recebem creme de leite – para terminar a consagração toda.

Entre os mais pedidos, estão os tradicionais bolinhos de carne (R$ 39) – marca clássica da boemia curitibana. A carne de onça (R$ 25) do Dante também mantém seu público fiel. Uma boa pedida costuma ser o pão com bolinho (R$ 23), um dos sanduíches mais antigos do cardápio.

Agora, quer brincar mesmo e impressionar um amigo ou uma visita que está a passeio por Curitiba? Leve ao Bar do Dante e peça algum prato exótico. Rãs empanadas ou carne de jacaré à milanesa, a escolha fica ao seu critério.

As carnes exóticas, conta o proprietário Dante Luiz Manfron, é um atrativo do bar, que passa pelo boca a boca. “O pessoal fala, conta um para o outro. E aí esse tipo de coisa que acaba chamando atenção. Funciona como um marketing”, comenta Dante.

Tudo começou como mercearia

O escritor, poeta e político italiano Dante Alighieri em nada tem a ver com o boteco do Juvevê. Apesar de compartilharem o mesmo nome, Dante Manfron conta que o nome do bar surgiu ao acaso. “Um cliente e amigo me disse: ‘coloca aí Bar do Dante, acho que vai ficar legal'”, relembra Dante, que acabou concordando com a sugestão.

32 anos atrás, mais ou menos, o bar ficava na Rua Almirante Tamandaré, na esquina com a Conselheiro Carrão, onde hoje fica o Jacobina. “Começou lá, como mercearia e bar, eu tocava com meu pai e a minha mãe. A mercearia na época era o que dava mais movimento. O bar era um ‘complementinho’ para tomar cerveja, um petisco, uma estufa com bolinho de carne, uma cachacinha. Os grandes mercados começaram a surgir em Curitiba na época, diminuindo o movimento da mercearia”, memoriza.

Com cada vez menos clientes na mercearia, aos poucos o bar foi ganhando mais espaço. “Começamos a fazer mais petiscos, mais coisas para atrair o público. Mais ou menos em 2001 por aí, veio a ideia de sair dali para comprar um local próprio, se livrar do aluguel. O imóvel pertinho, na esquina da Conselheiro Carrão com a Alberto Bolingher, se encaixou direitinho. Fizemos uma reforma, mudamos sem a mercearia, e estamos aqui até hoje”, lembra.

O tempo foi passando. Dante casou, teve dois filhos, que anos depois começaram a ajudar a tocar o bar. De segunda a sábado, o bar também tem oferecido almoço, garantindo movimento o dia todo, praticamente a semana toda. A casa abre 11 horas, oferece almoço até 15 horas, e fecha só meia-noite. “A cozinha encerra às 23 horas, mas se esquenta e o povo fica mais, ficamos às vezes até uma, duas da manhã”.

Dante com um dos pratos mais pedidos do cardápio: a carne de onça. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

Comida caseira com preço fixo

Com cardápio semanal e preço fixo de R$ 24,90, o almoço no Dante é uma boa pedida. Um buffet de comida caseira com o especial do dia que chega a mesa: às segundas, bisteca à milanesa, terça-feira é dia de tilápia, quartas com costela de panela ao molho, quinta é dia de frango assado, sexta filé parmegiana. Aos sábados, a tradicional feijoada. O bar fecha aos domingos.

Há outras opções de proteína, que pode ser substituída no lugar do especial do dia. Pode ser um bife, filé de frango, fígado acebola. “Todo dia chega alguém que acaba pedindo bife à cavalo, até fígado acebolado começaram a pedir. Sempre tenho uns cinco quilos de fígado para o dia, não é todo mundo que gosta, mas sempre tem alguém que pede”, explica o proprietário.

*Os valores do cardápio divulgados no post são de agosto de 2023 e podem sofrer alterações.

Conheça o Bar do Dante

O Bar do Dante abre de segunda a sexta-feira, das 11 até meia-noite. Aos sábados, das 11 às 18 horas. Fechado aos domingos. A cozinha funciona das 11 às 15 horas e das 16h30 às 23 horas. Além de bar, a casa oferece almoço de segunda a sábado e petiscos no período da tarde e noite.

O Bar do Dante na Rua Conselheiro Carrão, 194 – Juvevê. Telefone: (41) 3078-4820.

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