A volta à atividade física

Prezado leitor! Hoje quero compartilhar a experiência de retorno as atividades físicas após um período sem treinar. Muitos pensam que para nós personal trainers, é muito fácil, prático, rápido e prazeroso treinar e cuidar da alimentação. Mas isso não é verdade. Claro, estamos na profissão porque gostamos de atividade física, tanto de ensinar quanto de praticar, mas isso não quer dizer que não haja obstáculos e que não surjam uma série de desculpas para não treinarmos. Peguei uma gripe bem forte há um mês. Daquelas que dá calafrios, febre alta, indisposição e todos os sintomas que fazem a gente dar valor por ter uma saúde boa e que as vezes esquecemos de agradecer. Enfim, como todo teimoso, não tomei nenhum remédio e esperei que a gripe passasse seu ciclo. Porém, não conseguia me recuperar 100% e por isso não estava treinando.

Não fazer um treino intenso durante uma gripe tem um motivo muito claro. Toda vez que você treina em alta intensidade, há uma depressão da imunidade, temporária, seguida por uma supercompensação. Ou seja, sua imunidade vai subindo com a atividade física regular. Mas se você está com um resfriado e se sentindo um pouco fraco, o ideal é não fazer um treino intenso que irá ocasionar essa baixa temporária da imunidade e poderá permitir que o vírus se manifeste virando uma gripe.

Dessa forma, com muita tosse, seios nasais entupidos, noites mal dormidas, febres recorrentes, sem treinar, apelei para antibióticos, antiinflamatórios, antialérgicos, chás e tudo que temos direito. Recuperado, ainda não em 100%, mas completamente entediado por não estar treinando, voltei aos treinos. Primeiro dia, musculação leve, mas suficiente para sentir o corpo todo dolorido nos dias seguintes. Na manhã seguinte, a garganta já reclamou. Não satisfeito, fui correr apenas 30 minutos, intensidade leve, para tentar manter o ritmo. Tudo tranquilo. E agora já estou na ativa novamente e com a rotina de treinos semanal determinada.

Mas voltando ao foco do assunto, o mais importante, é o processo de retorno. Para conseguir treinar e manter o ritmo, faço treinos curtos, de no máximo 40 minutos. Independente das dores musculares, faço o treino da minha rotina, mesmo que mais leve, para que o hábito seja reinstaurado. O ser humano se adapta facilmente às rotinas que estabelece. No meu caso, o que funciona é deixar os telefones no escritório no horário que estabeleci e descer para treinar. Ou seja, esse horário é reservado e seguido a risca. Eu simplesmente não penso, apenas largo tudo e vou. É o único modo que consegui criar para manter a minha regularidade de treino. Você deve buscar a sua forma de criar essa rotina. Assim, mesmo com todas as dificuldades e desculpas que podem aparecer, persista! As dores do treino são percebidas nos menores movimentos diários mas a disposição e a vitalidade compensam. Resumindo, vale a pena. Bom feriado e bons treinos!