A volta de El Cid

Seu nome era Rodrigo Días de Vivar, mas a história trata-o como El Cid, o Campeador (o Campeão). Um cavaleiro medieval, que unificou a Espanha dividida entre entre os reinos de cristões e mulçumanos. A versão romanceada do cinema, conta uma lenda de que El Cid (Charlton Heston), morrendo da batalha final, tem o corpo preso na cela do seu cavalo e colocado à frente do seu exército. Os mouros assustando, acreditam que é o fantasma do grande herói, são esmagados. Unidos, os povos rezam por El Cid e tratam-no como “o maior cavaleiro de todos os tempos”.

Com o tempo, a cena de El Cid morto em cima do cavalo, é usada, também, como uma figura de linguagem (metáfora) para tratar alguém insubstituível. É o tratamento que estão dando para o atacante Kléber, o Gladiador. Aos 35 anos, já com o processo aberto de aposentadoria, há apenas 35 dias recuperando-se de uma cirurgia no joelho, é tratado como a última esperança para salvar o Coritiba do rebaixamento. Sem Kléber, o Coxa não perdeu apenas seu único atacante de qualidade, mas o líder. E e o futebol é tão contraditório, que às vezes, o líder é mais importante que o jogador.

Para o jogo com o Sport, no Recife, nem Kléber pode garantir como está. A experiência não o torna um ser humano diferente. A cirurgia, em especial em um atleta que é obrigado a forçar o rendimento, limita as ações naturais, inclusive os reflexos. A presença de Kléber, então, poderá repercutir muito mais no aspecto emocional, como ocorre com qualquer grupo que precise uma referência de apoio.
Salvando os coxas, Kléber será muito mais do que um “Gladiador”.

Soluções

Como favorito, o Atlético joga na Baixada contra a Chapecoense. É não é um jogo qualquer: o Furacão, definitivamente, voltou a disputar uma vaga para a Libertadores. E o campo de possibilidade aumenta, com o favoritismo do Grêmio para ganhar o atual torneio. Seria jogo para a média regular de 20 mil pagantes. Mas pelo novo padrão adotado voluntariamente pelo clube, será um jogo para um público de 11 mil pagantes.

O Atlético tem esperança que o convênio com o governo do Estado para melhorar o acesso pelo sistema biométrico sensibilize o seu público. É aí que está o seu grande engano. A torcida não é contra a biometria, ao contrário, o sistema tem até um caráter social porque atua na proteção e na segurança do povo. O problema que faz o sistema repercutir no afastamento do público é outro, é o seu regulamento, que restringe o direito de uso à partir da segunda cadeira.

Com a volta de Jonathan na lateral direita evita-se a improvisação de Zé Ivaldo, a menina dos olhos de Autuori, aquele que chama de covarde a torcida que lhe paga 250 mil por mês.

Há leitores que estranham eu não ter escrito sobre o retorno de Petraglia e o seu projeto até 2024. Não há retorno, se não houve saída. Sobre o projeto até 2024 irei tratar na terça-feira.