Objetivos

O Atlético joga em Salvador contra o Bahia. Não há mais objetivo, mas os atleticanos de bom senso devem ter uma curiosidade: o Furacão deixou de vencer porque perdeu a motivação ou porque voltou ao seu jogo real? Há um conforto inexplicável para fracassos quando não se tem objetivo ou riscos na competição.

O conforto, às vezes, esconde a verdade que conseguiu ser evitada em um dado momento: a falta de qualidade de um time. Para afastar o risco, ele busca compensar as suas deficiências com superação física, que em regra ocorre dentro de casa, em razão da influência da torcida. Poucas são as torcidas que exercem uma influência decisiva como a do Atlético em jogos na Baixada. Ela mais uma vez resolveu a vida do time.

Se fracassar em Salvador, como ocorreu contra o Sport e Santos, na Baixada, esse Furacão vai provar que a sua realidade independe de objetivos. E, assim, o seu torcedor se obriga a encontrar algo para torcer. E tem um prato apetitoso que está sendo servido pelos coxas.

E o Coritiba?

Alex está implorando para a torcida ir em massa.

Nem precisava, ela irá.

É preciso saber se o time está preparado para suportar a carga de responsabilidade que a Chapecoense lhe transferiu. É preciso enfrentar o desconforto de entrar em campo rebaixado por estar entre os quatro últimos. Com humildade, pode ganhar a consciência e fazer o que não conseguiu até agora: fazer um jogo perfeito contra um Palmeiras, também, cheio de desespero.

De primeira

Antecipei há quinze dias que o Atlético já havia negociado Douglas Coutinho. Logo serão Marcelo e Deivid. Talvez, o volante vá antes, em razão de ser a maior atração das propostas que chegam na Baixada. O Atlético precisa fazer 30 milhões de reais com os três jogadores. Doze milhões já fez com Douglas Coutinho.