Brilhantismo

Alguém me dirá que o Atlético ganhou do Figueirense (3×1), em Florianópolis, porque teve sorte nas defesas do goleiro Weverton e nas bolas levadas em bandeja para Douglas Coutinho na pequena área. Li em Guimarães Rosa que sorte é isto. Merecer e ter.

Se foi sorte, o Furacão criou as circunstâncias para tê-la. As defesas de Weverton são naturais de goleiro de qualidade dentro do gol, e os três gols de Douglas Coutinho foram consequência lógica de um jogo tático inteligente nos erros previsíveis de um time que está na lanterna. Bem resumido: a sorte só veio para o Furacão, depois do estímulo que recebeu das suas virtudes de jogo.

O Atlético entra em recesso brilhando no Brasileiro.

Não se pode dissociar a sua campanha às circunstâncias em que foi executada.

Nesse futebol de equilíbrio, o campo e a torcida são sagrados como elementos, às vezes, decisivos. E o Atlético pagando a conta de sua torcida organizada, obrigou-se a jogar em campos alheios, sempre isolado como um estranho. E me arrisco a escrever mais: se não fosse a falta de visão para manter o comando de Miguel Angel Portugal, o Furacão ficaria guardado entre os quatro primeiros nesse recesso para a Copa do Mundo. O Atlético ganhou o jogo e Leandro Ávila merece ganhar o cargo e o salário de técnico definitivo.

Entre Weverton e Douglas Coutinho, aponto o goleiro como o melhor em campo. Douglas fez gols, Weverton fez milagres.

Vitória

Juro por Deus, o Coritiba ganhou, 3×0 contra o Goiás, em Vila Capanema. E para alcançar a sua primeira vitória no Brasileiro, precisou ir além de um belo primeiro tempo. Precisou de fatos extraordinários: um time de Roth jogando no ataque, Alex fazendo gol de cabeça e Keirrison simplesmente fazendo gol. Já era esperado que com Reginaldo, Gil, Robinho e Alex o time teria mais força de armação. Mas Alex avançou, fez um gol e deu o de Keirrison. Os Coxas vão descansar na Copa do Mundo, pelo menos com a ilusão de uma vitória.