Opinião

Athletico e Coritiba, quem se salva?

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Provocam-me sobre a seguinte questão: entre Athletico e Coritiba há possibilidade maior de queda para um ou outro ou são iguais para os dois?

A questão pode parecer ter nascido de conversa de mesa de bar entre torcedores, mas nem por isso deixa de ser interessante. Enfrentada sob a perspectiva técnica que se projeta pelos reduzidos números, a solução se torna simples: Furacão e Coxa são irmãos siameses, unidos por times sem qualidade técnica e sem padrão de jogo. Por esse ângulo, a probabilidade é igual.

Ocorre que o futebol, não sendo simplista, exige que qualquer questão seja enfrentada sob todos os ângulos. E, entre esses, em tese, o mais importante é o financeiro. Para ser campeão, é preciso ter capacidade de gerência de futebol, dinheiro e time. Mas, tratando-se de rebaixamento, o dinheiro para criar mecanismos de incentivo pode influir. E sob esse aspecto, a probabilidade de ser rebaixado maior é do Coxa.

Repito que isso é tese. O Athletico iniciou o campeonato com R$ 200 milhões em caixa. No ano em que mais investiu na sua história, já foi eliminado da Copa do Brasil e já faz um mês que está entre aqueles que seriam rebaixados à segunda divisão.

No Furacão, há outros fatores que neutralizam o dinheiro como solução para a fuga do rebaixamento. Ao afirmar que “os problemas do Athlético não são só dentro de campo, mas, também, fora”, Thiago Heleno escancarou a verdade que eu já havia noticiado: ao vincular, Adriano, Abner, Marquinhos Gabriel, Geuvânio, Richard e Carlos Eduardo por aquisições e contratos milionários, Mario Celso Petraglia provocou um desequilíbrio de tratamento, ofendendo os antigos jogadores que ganharam títulos e geraram riquezas em prêmios ao clube.

Enquanto Santos, Thiago Heleno e Nikão vão ao CT do Caju trabalhar vestidos com simplicidade, o volante Richard exibe-se vestindo Ermenegildo Zegna, Hugo Boss e Ricardo Almeida.

Defesa

O Dr. Luiz Fernando Pereira, advogado do Athletico, em entrevista ao jornalista Fernando Rudnick (Tribuna/Gazeta), falou que nos esclarecimentos do processo cautelar do clube versus a Fomento, o perito confirmou que “não houve sobrepreço do valor da construção da Baixada”.

Não entendo a razão da insistência do Doutor sobre o esse fato, se o valor gasto nunca foi questionado pelo Estado e pelo Municipio. O que esses questionam (e sem razão) é o limite da obrigação de cada um, causa que o Furacão até hoje ignora em Juízo.

À propósito, por experiência própria, lembro ao doutor Luiz Fernando, que a advocacia no futebol é de interesse público.

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