The Walking Dead: O Pior ainda são os vivos

Eis que chegou, finalmente o dia da resolução do mistério que durou meses na trama de The Walking Dead (AMC). A série está explodindo em números positivos, recordes de audiência e nova temporada garantida.

Diante de tamanho sucesso de um programa cuja trama é totalmente previsível, o que esperar além de mortes sofridas de personagens queridos que fogem o tempo todo de uma horda de zumbis ou de outros vivos cuja índole é cruel e perversa? A resposta está diante do espelho.

A expectativa criada durante meses para a revelação sobre quem Negan (Jeffrey Dean Morgan) havia espancado com sua Lucille (taco de beisebol forrado com arame farpado) culminou na morte de dois personagens, mas com destaque para a impressionante, explícita e violenta cena da morte de Glenn (Steven Yeun), cuja cabeça foi arrebentada por Lucille diante da esposa grávida, e com o toque final de ainda balbuciar algumas palavras cheias de sangue. Uma catarse coletiva da audiência, vibração dos patrocinadores, roteiristas com os cérebros já fervendo sobre os próximos passos,e agora como gerar mais choque com as próximas cenas da trama?

Há séries mais explícitas e violentas, porém com público seleto e mais acostumado às entranhas derramadas do terror. The Walking Dead, com seus cérebros à mostra e olhos saltados ocupa hoje um lugar que já foi da Família Soprano, Friends, Lost e outras produções com menos melado e corante. A produção da série especializou-se no choque, e por aí vai, com os picos de audiência e espanto dos espectadores, mostrando que num mundo de zumbis, o pior fica por conta dos vivos, sempre. Até a próxima!

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