Programas ao ar livre em Campo Grande

A soma de povos fez de Campo Grande uma cidade onde a diversidade cultural convive em perfeita harmonia. A capital e também maior cidade do Estado do Mato Grosso do Sul é uma cidade jovem, com apenas 108 anos.

Além de concentrar a segunda maior comunidade indígena do País, os seus mais de 705 mil habitantes são a mistura de diversas influências étnicas, principalmente dos fronteiriços, como o Paraguai.

Desbravada por mineiros, Campo Grande acolheu imigrantes árabes, japoneses, espanhóis, italianos e brasileiros de vários estados. Carinhosamente chamada de “Cidade Morena”, graças ao solo avermelhado e clima tropical, Campo Grande vem se destacando pela sua infra-estrutura.

Avenidas largas e arborizadas chamam a atenção de quem chega à cidade. Aliado a isso, o planejamento urbano e a ordenação da ocupação do solo, mesclados com áreas verdes e de preservação, fazem da capital um exemplo de investimento na qualidade de vida da sua população. A temperatura agradável o ano inteiro a média anual é de 24 graus é um convite a programas ao ar livre. E opções é o que não faltam.

Campo Grande conta com diversas praças e parques públicos, entre os quais o Parque dos Poderes, que concentra as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de centros de convenções e auditórios. Cercado por áreas de reservas, é muito procurado para caminhadas e ciclismo.

Outro destaque é o Parque das Nações Indígenas, uma reserva ecológica com mais de cem hectares de mata verde e um belíssimo lago. Além de pistas para caminhada, sedia os Museus de Arte Contemporânea e Dom Bosco, Concha Acústica onde são realizados shows ao ar livre -, e Monumentos do Índio e do Guerreiro Kadiwéu. Além de capivaras, não é raro avistar araras e tucanos nos parques da cidade.

Feira Central

O pintado está entre as iguarias indispensáveis no roteiro gastronômico.

Outro programa imperdível em Campo Grande é a Feira Central. Durante o dia ela até se parece com muitas outras feiras do País, mas é ao cair da tarde que ela se transforma em um ponto de encontro diferenciado.

Turistas, boêmios e famílias se rendem aos atrativos do local, que oferece, além de inúmeras opções gastronômicas como o tradicional espetinho com mandioca amarela e o sobá (prato japonês feito com um macarrão especial servido com carne, ovo e cebolinha) -, frutas e verduras, artesanato e produtos de compras em geral.
E por falar em artesanato, a capital tem diversos locais de exposição e venda de produtos típicos, que são valorizados pelas suas origens. Um dos ícones nasceu da inspiração de Conceição Freitas da Silva, a “Conceição dos Bugres”.

Suas esculturas de bugrinhos em madeira ganharam o mundo e a admiração de artistas e críticos. Outro destaque é o artesanato indígena, em especial o Terena com motivos tribais feitos em cerâmica, adornos de palha, barro e tecelagem -, e o Kadiwéu feito com barro.

Da atual safra de artesanato, podem ser encontradas peças esculpidas em ossos e fabricadas com couro de peixe. Quem quiser conhecer todos os atrativos de Campo Grande pode fazer um city tour em um ônibus turístico que tem saídas regulares do centro da cidade.

Mas não é só a proximidade com a vida selvagem e santuários como o Pantanal e Bonito, que fazem de Campo Grande um local para se visitar. A cidade vem se destacando como um importante centro de negócios.

A capital do estado sul mato-grossense possui o maior rebanho de gado de corte do País 23 milhões, de cabeças, assim como uma agricultura forte, voltada para o agronegócio. Além dos parques e do Ginásio Morenão – considerado o maior ginásio universitário da América Latina com capacidade para 45 mil pessoas – Campo Grande oferece mais de 40 auditórios com capacidade para seis mil pessoas, e conta com uma rede hoteleira com quatro mil leitos. A cidade também possui aeroporto internacional e um autódromo internacional, que passou a sediar competições regulares como a Fórmula Truck e Stock Car.

Culinária é referência às origens

O tereré, a bebida típica, é servido
em um chifre de boi.

Ir a Campo Grande e não saborear um pacu, dourado ou pintado é um sacrilégio gastronômico. Os três tipos de peixes são oferecidos nas mais diversas versões, que vão desde o assado no espeto até o gratinado com muito queijo.

Outro prato típico da capital é o caldo de piranha, oferecido para revigorar as energias ou como afrodisíaco. Já a sopa paraguaia chama a atenção porque não é servida com colher.

Ela é uma espécie de bolo salgado à base de milho, cebola e queijo que se come com as mãos, que vai muito bem com a chipa, também de influência paraguaia, para versão de pão-de-queijo, feita com polvilho doce.

Para os que gostam de pratos exóticos a dica é o arroz ou galinha temperados com pequi. A fruta típica do cerrado contém espinhos em seu caroço e é preciso atenção na hora de saborear.

A guariroba, um palmito de sabor amargo, também está entre as combinações da culinária regional. Assim como o arroz carreteiro feito com charque e o nhoque de mandioca com molho de carne seca. E se esse roteiro gastronômico der sede, a dica é a bebida típica da região: o tereré.

Feito com erva-mate e água gelada, a bebida é servida numa guampa (chifre de boi) com uma bomba. Para participar de uma roda de tereré existem regras específicas, como passar a guampa sempre em sentido anti-horário.

Outras informações sobre Campo Grande podem ser obtidas no Gopan-MS (Grupo de Operadoras de Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul), no site www.gopan.tur.br.