Entrevista exclusiva

Crise de enxaqueca inspirou nome de novo álbum, revela Paula Fernandes

paula fernandes
Foto: divulgação.

Paula Fernandes está de volta a Curitiba. A cantora e compositora se apresenta neste sábado (13) no Teatro Positivo e apresenta seu novo trabalho “11:11”. O álbum vem cheio de inéditas, mas sua apresentação também vai contar com grandes sucessos do sertanejo e releituras próprias da artista, de outros momentos da carreira.

Nesta última semana, Paula Fernandes conversou com a reportagem da Tribuna e contou mais detalhes do seu novo projeto. Ela também conversou sobre seu atual momento na carreira, alguns planos. Abriu o jogo sobre o sucesso explosivo “Juntos e Shallow Now”. Confira a seguir:

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O seu último álbum, que recebeu o nome de “11:11” me deixou curiosa. Dizem que esse é o horário da conexão espiritual. Você se considera uma pessoa intuitiva? Por que escolheu esse nome para este seu último trabalho?

Paula Fernandes – Eu vou tentar resumir porque é uma longa história. Eu estava em processo de composição desse projeto, ainda naquele período de pico da pandemia, eu não sabia que nome dar ao projeto, normalmente as pessoas dão nome de música, mas aconteceu algo na minha vida pessoal que me marcou muito e eu resolvi homenagear essa situação.

Eu tenho enxaqueca crônica, meus fãs sabem, mas para quem não sabe enxaqueca é doença, e eu comecei um tratamento que vem trazendo uma qualidade de vida muito grande. Eu estava na porta da clínica às 11h11 do dia 11 do 11 do ano passado e isso foi realmente uma mudança muito grande na minha qualidade de vida. E eu resolvi trazer e homenagear, já que a gente está na área dos portais, nos temos portais na TV, temos portais no cinema, Stranger Things e Marvel trabalhando com portais, então eu trouxe um show também. A minha turnê está toda baseada nos portais, inclusive nos conteúdos.

Portais novos, de canções inéditas, algumas regravações, releituras das minhas próprias músicas, eu tô cantando sofrência também no show, então é um show bem misto e bem divertido.

Você é uma pessoa esotérica, já fez mapa astral?

Paula Fernandes – Eu sou um pouco. Acabei de fazer dois! Acredito nisso, acredito na força dos astros, sou dessas. Eu tenho uma espiritualidade bem forte.

Como você descreve seu atual momento com seu novo álbum: você está amadurecendo, ainda está em mudanças radicais ou está numa fase de contemplação?

Paula Fernandes – Então, eu acho que é um mix de tudo, de amadurecimento, também de contemplação, já que é muito difícil, a idade vai chegando e a gente vai enxergando as coisas de maneira diferente. Eu encaro o meu trabalho com muito mais leveza, eu sinto que fui muito perfeccionista e um pouco severa comigo mesma, mas hoje eu tô um pouco mais tranquila, mais leve. A perfeccionista segue firme e forte, já que eu gosto de obedecer boas ordens, mas estou um pouco mais madura. Acho que essa é uma questão do tempo, é da vivência. A gente precisa do tempo e o tempo é sábio.

Você foi uma pioneira do sertanejo quando a gente pensa numa mulher com essa postura bem feminina, poderosa, em cima do salto. Eu imagino que você deve ter enfrentado muita barra, porque há muito machismo no sertanejo – como também em outros gêneros musicais. Como que você lidou com isso e como que você tem lidado agora?

Paula Fernandes – As coisas mudaram. No momento em que eu destaquei, porque naquele momento eu era a única, havia ali Roberta Miranda, Sula Miranda, Nova Aguiar, Irmãs Galvão, que deixaram seu legado. Mas naquele momento eu estava acontecendo, eu era a única mesmo, mas eu sei e sinto que abriu muitas portas. Eu vou chamar de garotada, porque eu sou uma jovem veterana, mas 10 anos depois vieram Marília, Maiara e Maraísa, essa turma nova, e me enche de orgulho.

Eu fui boi de piranha, me botaram lá num sistema que funcionava só para homens, e isso acho que até assustou um pouco. Por menor que fosse o pedido, às vezes havia um estranhamento. Pedir um banheiro no camarim, pedir um pouco mais de privacidade pois se tratava de uma menina, e realmente eu era uma menina quando eu destaquei. Então eu senti uma transformação muito grande, a gente ainda enfrenta desafios em relação a esse machismo sim, mas não só no mundo sertanejo e também nem posso reclamar porque eles me abraçaram, todos os homens. Eles me abraçaram e me receberam muito bem, mas a gente sabe que existe machismo sim e é algo que todas as mulheres vem enfrentando.

A gente está conquistando o nosso lugar, sem a intenção de tirar o lugar de ninguém, que eu acho que é o mais importante.

Agora falando de um assunto que seja até um pouco batido. Em 2019 o seu sucesso “Juntos e Shallow Now” explodiu e foi o assunto do momento. Teve piadinha, teve memes, mas o que as pessoas mais perguntavam era: por que não se traduziu o refrão inteiro? Existiu alguma estratégia por trás disso?

Paula Fernandes – Não. Muita gente perguntou se foi uma estratégia de marketing, mas não foi, negativo. Não houve uma intenção. Eu fiz uma versão que foi aprovada pela própria Lady Gaga, fiz em duas horas, era o prazo que eu tinha para a gente enviar para ela. Não é que foi intencional no sentido de ‘vou deixar isso aqui para causar’ alguma coisa. Não, foi simplesmente uma intuição mesmo, uma inspiração, e a gente sabe que esse burburinho foi uma coisa de vender folhetim mesmo. Quantas músicas, ‘eu perguntava do you wanna dance‘, e ninguém nunca falou nada.

A gente sabe que alguns termos internacionais, termos em outras línguas, a gente tem hábito de usar sim, mas resolveram, escolheram ‘Juntos’ como a eleita da vez para dita e acabou que a coisa virou muito a favor. Eu curti demais, fiz memes também, achei memes ótimos, o que ajudou levar a música a um número incrível de pessoas. É uma das músicas mais buscadas no Google, inclusive. Isso me deixou muito feliz. Primeiro ter a avaliação positiva da Lady Gaga, ela ouviu a minha versão e gostou. Segundo, que através dessa brincadeira acabou que isso foi extremamente positivo.

Durante a sua carreira, você se apresentou em tantos países diferentes. Existe alguma apresentação ou um momento específico que tenha te marcado de alguma forma?

Paula Fernandes – Muitos, na verdade eu não tenho só um. A minha passagem pela África foi realmente memorável, inesquecível. O meu encontro com a Shania Twain em Las Vegas para a gravação do nosso clipe foi inesquecível. A turnê dos Estados Unidos foi inesquecível. Portugal também, inclusive a gente deve voltar agora em agosto, tem um público muito grande lá. Eu tenho muita vontade de gravar um DVD lá e isso é um sonho meu.

É muito difícil falar de um lugar só, porque eu sou uma pessoa muito privilegiada, eu sou uma pessoa de muita gratidão porque eu fui reconhecida nesses países de uma maneira muito natural, a gente nunca fez um trabalho específico ‘a Paula que ser tornar uma cantora internacional’. Não, a coisa acabou acontecendo naturalmente. Eu tenho um público fiel e muito cativo por lá.

Serviço

Paula Fernandes em Curitiba

Data: 13 de maio de 2023 (sábado)
Local: Teatro Positivo (Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido)
Horário: 21h15
Ingressos: os ingressos variam de R$ 90 a R$ 560, de acordo com o setor e modalidade escolhidos

Vendas: Disk Ingressos (Ventura Shopping – de segunda a sexta, das 11h às 22h, aos sábados, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h, Call-center Disk Ingressos (41) 33150808 (de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos domingos, das 9 às 18h), na bilheteria do Teatro Positivo

**Entrega em domicílio com taxa de entrega
Classificação: Livre
Realização: RW7 Production & Entertainment

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