Conscientização

O que leva alguém a ter Alzheimer? Saiba quais são os primeiros sintomas

Foto: Ricardo Marajó / FAS.

A doença de Alzheimer provoca a progressiva deterioração das funções do cérebro. Calcula-se que pelo menos 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% das que já passaram dos 85 apresentam algum sintoma da doença.

No Brasil quase 2 milhões de pessoas são acometidas pelo Alzheimer, que ainda tem causa desconhecida e possui vários estágios, que vão desde o comprometimento cognitivo leve, com falhas de memória, até a fase grave em que a pessoa não reconhece familiares ou outras pessoas do seu convívio, além da perda da autonomia.

Para alertar sobre a Doença de Alzheimer, que é progressiva e sem cura, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI), a Prefeitura de Curitiba e a Fundação de Ação Social (FAS) lançaram uma campanha que marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, nesta quinta-feira (21).

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Divulgada de forma on-line, em redes sociais e em sites, a campanha faz parte de uma ação ainda maior que busca a valorização das pessoas idosas e que teve início em 21 de julho, quando se comemorou o Dia dos Avós. O combate ao suicídio também foi tema da ação. O próximo desdobramento da campanha será em 1º de outubro, Dia Internacional das Pessoas Idosas e Dia Nacional do Idoso.

Com as frases que mostram a importância de se aproveitar a vida, principalmente com que se ama, a campanha busca alertar a população e incentivar o respeito e a valorização daqueles que apresentam essa condição.

“Vamos juntos nessa campanha de conscientização da doença de Alzheimer, que é neurodegenerativa, sem cura até o momento, porém existem medicamentos disponíveis pelo sistema público de saúde, entre outras terapias, com objetivo de retardar a evolução da doença”, diz a presidente do CMDPI, Roberta Pivatto.

Doença progressiva

A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer. Ela se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.

Sem cura, a doença se apresenta com a piora progressiva dos sintomas e pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Na fase leve, podem ocorrer alterações como perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos.

Na fase moderada, são comuns dificuldades com atividades do dia a dia, com prejuízo de memória, como esquecimento de fatos importantes e de nomes de pessoas próximas; incapacidade de cozinhar e cuidar da casa, de fazer compras, de fazer a própria higiene; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alterações de comportamento (agressividade, irritabilidade, inquietação); ideias sem sentido (desconfiança, ciúmes) e alucinações (ver pessoas, ouvir vozes de pessoas que não estão presentes).

Na fase grave, observa-se prejuízo gravíssimo da memória, com incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como, reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos; dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição; dificuldade de entender o que se passa a sua volta e de orientar-se dentro de casa.

Pode ocorrer ainda incontinência urinária e fecal e intensificação de comportamento inadequado, além de prejuízo motor.

Prevenção

A médica Ivete Berkenbrock, especialista em geriatria da rede municipal da saúde e conselheira governamental do CMDPI, explica que o estilo de vida é muito importante para prevenir o Alzheimer, mesmo quando há casos na família. “Quanto mais cedo houver mudança de hábitos, mais fácil minimizar e até evitar o problema”, explica.

Ela alerta para alguns cuidados preventivos no dia a dia, especialmente em casos de histórico na família, para minimizar o risco e ou atrasar a evolução da doença:

  •  Estimular o cérebro com novos aprendizados como um novo idioma, novos hobbies, leitura, música;
  •  Exercitar-se com regularidade, atividade física é bom sempre. Adquira uma rotina de exercícios adequada a sua condição e orientada por um profissional;
  •  Adotar uma dieta rica em nutrientes e diversificada;
  •  Procurar ter uma boa rotina de sono;
  • Controlar diabetes e pressão arterial e qualquer outra condição crônica de saúde que exija tratamento contínuo;
  • Evitar condições que tragam estresse e procure estratégias de enfrentamento quando forem inevitáveis;
  • Manter uma boa rede de apoio e socialização com familiares e amigos.

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