Travesti preso acusado de assassinato e tráfico

Ao investigar um assassinato ocorrido em março deste ano dentro de um hotel, no centro da cidade, os policiais Jairo, Marcos e Pontes, da Delegacia de Homicídios (DH), prenderam o travesti Fábio Rossano Delae Beguetto, mais conhecido como “Tainá”, 23 anos, e Claudete da Luz, 32. Com eles foram apreendidas 13 pedras de crack, que estavam escondidas dentro de um vibrador.

O delegado Stélio Machado, titular da DH, informou que os policiais investigavam o assassinato de Wilson Sovierzorki, 60, ocorrido num quarto do Hotel Veneza, na Rua Augusto Stellfeld, no centro de Curitiba, na manhã do dia 23 de março deste ano. O motivo, de acordo com a polícia, seria uma dívida de crack no valor de R$ 10,00.

Prisão

“Tainá” foi apontado como suspeito do homicídio e na tarde de segunda-feira e foi localizado no mesmo hotel, junto com Claudete. “Os policiais flagraram os dois embalando crack para venda”, salientou o delegado.

De acordo com o policial, “Tainá” e Claudete compravam drogas no Parolin e distribuíam na Rua Riachuelo e nas proximidades. “Quando foram presos, eles alegaram que tinham pouca droga, porque estão com dificuldades de comprar o produto na região do Cajuru, onde os traficantes estão com medo da polícia”, salientou Stélio, recordando que há duas semanas ele mesmo decretou um “toque de recolher” traficantes na cadeia, uma vez que a grande maioria dos assassinatos ocorridos no bairro tem ligações com o comércio de drogas.

“Cracolândia”

O delegado avisou que policiais da delegacia irão combater o tráfico na região central da cidade, chamada de “cracolândia”. Apesar de a nossa delegacia ser especializada em investigação de crimes contra a vida, também iremos combater a droga, que hoje é responsável por 70% dos casos de mortes. A droga gera guerra entre traficantes e a conseqüência são os homicídios”, argumentou.

“Tainá” alegou que é inocente. Ele disse que a droga apreendida era para consumo próprio e negou qualquer envolvimento no homicídio. Claudete também diz que não tem nenhum envolvimento com os crimes. “A droga era para nosso uso, mas íamos vender um pouco só para pagar o hotel. Sou mãe de sete filhos e não vendo drogas para sustentá-los”, argumentou. “O hotel é o grande ponto. A polícia não pega porque não quer”, completou.

Já “Tainá” diz que é usuário de drogas e se prostitui para sobreviver, mas negou qualquer envolvimento com a morte de Wilson.

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