Tráfico mata mais um no Sítio Cercado

A disputa entre traficantes do Sítio Cercado resultou na morte de Alessandro Augusto dos Santos, 24 anos, na noite de terça-feira, e por pouco um dos seus seis irmãos também não foi executado. Morador do bairro, o jovem foi fuzilado na Rua Sant’Ana do Itararé, a uma quadra da Rua Ourizona, com oito tiros que o atingiram no peito, barriga, perna, braço e cabeça. A mãe de Alessandro, Jane Aparecida dos Santos, relatou aos soldados L. Henrique e Santos, do Projeto Povo Ganchinho – 13.º Batalhão -, que o filho tinha "dissabores" com traficantes da área, e que também já havia sido preso diversas vezes por furto.

O soldado L. Henrique relatou que o rapaz era conhecido das polícias Civil e Militar, confirmando as prisões dele por furto e seu relacionamento com o crime. O policial contou, segundo os relatos da mãe da vítima, que os traficantes também queriam matar o irmão de Alessandro, que tinha pendência com os mesmos marginais. Porém a mãe dos rapazes, que cuidava de seu bebê de apenas dez dias em casa, viu dois carros rondando a residência – um deles seria um Tempra -, desconfiou e chamou a polícia. É provável que essa ação tenha inibido os matadores de procurar o outro jovem para também matá-lo.

Alessandro foi morto porque tinha desacertos com os bandidos da área. Já seu irmão, segundo relataram populares, seria procurado porque teria roubado uma bicicleta de um dos traficantes. O soldado L. Henrique disse crer que Alessandro tenha levado tiros de revólver calibre 38, pois não foram encontradas cápsulas pelo chão, detalhe característico deste tipo de arma. Há também a hipótese de ele ter sido executado por dois atiradores. "O revólver usado no crime tem capacidade para apenas seis balas, o atirador não teria tempo de descarregar seis tiros, recarregar a arma e ainda dar mais dois tiros", analisa o policial. Segundo relatou uma moradora, a mãe de Alessandro estaria desconfiada que o matador é um tal de Jeferson, conhecido na região por "Jé".

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