Traficantes executam rapaz que os denunciou

A Delegacia de Homicídios está atrás de três suspeitos de terem assassinado Carlos Henrique de Campos Charneski, 22 anos, com 14 tiros de pistola, em julho último. O corpo foi encontrado no viaduto Caruru, na BR-277, em Morretes. A vítima tinha denunciado dois traficantes e foi jurada de morte, conforme apurado pela polícia.

Valacir de Alencar, 19 anos, o “Polaquinho”; Willians de Paula Carvalho, 24, e Joana Paula Pereira da Silva, também de 19, conhecida como “Paulinha 12”, são as pessoas acusadas de tráfico e de envolvimento na morte de Carlos, de acordo com informações do titular da DH, Luiz Alberto Cartaxo de Moura. Pelas investigações, foi descoberto que os homens agiam nos bairros Santa Cândida e CIC e a mulher, no centro.

Vacilo

Segundo informações do delegado, Carlos denunciou Valacir e Willians pelo tráfico de drogas. Os dois foram levados ao 5.º Distrito Policial (Bacacheri), onde foi verificado que Willians e Fábio (nome dado por Valacir) não possuíam mandados de prisão. Ambos foram interrogados e liberados. Valacir tinha motivos para não dizer seu nome à polícia, pois conta com sete mandados por assalto e tráfico de drogas. “Depois disso, os dois juraram Carlos de morte”, afirmou Cartaxo.

O assassinato foi planejado em detalhes. Paula, que seria namorada de Carlos, foi a isca para atrair a vítima, na noite do crime. Com Carlos em mãos, eles o levaram para a Serra do Mar o executaram com tiros de pistola 9mm, na madrugada daquele sábado. A moto do rapaz, sobrinho de um delegado de polícia, foi localizada no centro de Curitiba e com o corpo foram recolhidos os documentos do veículo. Carlos havia telefonado para a esposa, na noite anterior ao crime, dizendo que a moto tinha enguiçado.

Anonimato

Para denúncias de traficantes, o ideal é usar o serviço Narcodenúncia – 181. Por meio dele a polícia recebe informações e não identifica o denunciante. Em seguida o fato é investigado e, caso ele se confirme, o traficante é preso com as provas do crime e permanecerá na cadeia, caso não consiga enganar a polícia com um nome falso. O telefone 181 funciona em todo o Paraná e está sendo expandido para outros estados.

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