Taxista reage e mata ladrão em Colombo

Reagindo a voz de assalto que havia acabado de receber, o taxista Rafael Cristiano da Silva, 27 anos, baleou e matou o assaltante Marcos da Silva Santos, 24. O comparsa de Marcos não se feriu e fugiu.

O crime ocorreu na esquina das Ruas Rondônia e Maranhão, no bairro Campo Pequeno, em Colombo, aos 30 minutos de ontem. Rafael apresentou-se horas mais tarde à polícia, com a arma do próprio ladrão, que usou para matá-lo.

Ao se apresentar na delegacia do Alto Maracanã, Rafael contou que ao apanhar os dois passageiros, pouco depois da meia-noite, no terminal do Boa Vista, em Curitiba, suspeitou deles e acionou o sistema de comunicação via rádio com os demais taxistas. Pouco depois recebeu voz de assalto e foi colocado no porta-malas do carro. Porém, os criminosos perceberam que o sistema estava acionado e decidiram retirar a vítima do porta-malas para obrigá-la a dirigir o carro, de forma a não levantar mais suspeitas. Nesta manobra, Rafael entrou em luta corporal com os bandidos, conseguindo desarmar um deles, que foi morto em seguida. O tiro transfixou a mão e atingiu a cabeça de Marcos.

Antecedentes

O assaltante morto, segundo revelou o superintendente do Alto Maracanã, José Braga, já tinha passagens naquela delegacia por roubo e tráfico de drogas. Ele já esteve recolhido no sistema penitenciário e atualmente gozava de liberdade provisória. O comparsa de Marcos não está identificado e não existem pistas do paradeiro dele.

Rafael foi indiciado por homicídio, mas por ter agido em legítima defesa e de não ter antecedentes criminais, foi liberado.

Bandidos cada vez mais cruéis

O número de assaltos, numa média geral, pode não ter aumentado nos últimos meses. No entanto, a violência com que os bandidos vêm abordando as vítimas, esta sim, cresce muito. A constatação é de dois delegados da capital. Para Rubens Recalcatti, da Delegacia Furtos e Roubos (DFR), a polícia tem registrado roubos cada vez mais violentos após a morte da pró-reitora da Universidade Federal do Paraná, Maria Benigna Martinelli de Oliveira, no último dia 7. Ela foi morta após sair de um banco com cerca de R$ 4 mil na bolsa, que os bandidos, possivelmente tentaram levar e não conseguiram. Apesar da percepção, ele não sabe dizer o porquê desta violência. ?O fenômeno é recente. É muito cedo para dar um motivo?, revelou.

Já para Eduardo Cabral, da Furtos e Roubo de Veículos (DFRV), os furtos diminuíram, ao passo que os roubos, em que é empregada violência contra a vítima, aumentaram. Ele atribui isso ao fato de os veículos estarem saindo de fábrica com dispositivos de segurança cada vez mais eficazes. ?Isso impede os furtos, dando lugar aos roubos, em que os bandidos aproveitam distrações e descuidos das vítimas?, explicou Cabral.

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