Tamandaré: juíza interroga acusados

Transcorreu de forma tranqüila o interrogatório dos oito acusados de integrar a quadrilha organizada de Almirante Tamandaré, ontem, no fórum da cidade. A juíza Luciane Ludovico iniciou os trabalhos às 9h e encerrou perto das 18h30. Os outros oito acusados serão ouvidos hoje. Todos os interrogatórios foram a portas fechadas. A juíza e os cinco promotores que assinaram a denúncia não quiseram se pronunciar.

Apesar da repercussão do caso, não houve necessidade de reforço na escolta policial. Cerca de oito policiais militares fizeram a segurança do transporte dos presos. Apenas uma viatura extra da Rone foi colocada em frente ao fórum. Os acusados entraram e saíram da sala da juíza por uma porta nos fundos do fórum.

Foram ouvidos ontem os policiais militares Juliano Vidal de Oliveira, Jean Adam Grott, Juarez Silvestre Vieira, Leily Pereira, Marcelo Sobieck, Jeferson Martins, José Aparecido de Souza e o policial civil Alexandre Perin Pimenta, que atuava como escrivão na delegacia de Tamandaré. Hoje acontecem os interrogatórios de Luiz Antônio Alves da Silva, funcionário da Prefeitura de Tamandaré e que também trabalhava na delegacia como investigador; Maria Rosana de Oliveira, Celso Luiz Moreira, André Luiz dos Santos, Antônio Martins Vidal, Paulo César Rodrigues, Sebastião Alves do Prado e o ex-cabo da PM Valdírio Adir Mangger.

Política

O advogado Osmann de Oliveira, defensor de Juarez Silvestre, informou que no interrogatório o PM negou todas as acusações. Silvestre afirmou ser vítima de “armação política”. Para provar, o PM disse que tem uma fita cassete em que está gravada uma conversa entre o prefeito de Tamandaré, César Manfron, e o irmão dele Alzemir João de Barros. Os dois falariam sobre a morte de Miguel Donha, candidato à Prefeitura da cidade que foi assassinado. Osmann de Oliveira disse que vai encaminhar a fita para a juíza Luciane Ludovico.

Quanto à acusação, citada na denúncia, de que os PM?s envolvidos nos crimes usariam rádios da Polícia Militar para se comunicar e confundir as investigações dos homicídios, Silvestre afirmou que isso seria impossível, pois todas as comunicações via rádio são rastreadas e gravadas pelo Copom.

Voltar ao topo