Quem matou Tayná?

Suspeitos da morte de Tayná faltam a audiência sobre tortura

Os quatro suspeitos de matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, não compareceram em uma audiência marcada na Corregedoria Geral da Polícia Civil para a manhã de ontem. Uma nova audiência, pra julgar a acusação de que policiais teriam torturado os suspeitos do crime, foi marcada para o dia 16 agosto.

A audiência estaria marcada pra 9h30. Os policiais acusados de torturar os quatro funcionários do parque de diversões, suspeitos de matar a adolescente, estiveram na audiência.

O coordenador do Programa de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaças (Pró-vita) – no qual os suspeitos estão inseridos, Leonir Batisti, afirmou que o delegado responsável pelo processo administrativo disciplinar dos policiais foi informado que os rapazes não poderiam comparecer à audiência há pelo menos duas semanas. “Todo mundo sabia que eles não viriam, e já tinha sido agendada uma nova data”, comentou.

Segundo Leonir, entre os motivos pelos quais os rapazes não viriam estão os custos das viagens – cada um está em um Estado diferente – e a segurança dos suspeitos, que dependeria da movimentação de equipes locais.

Já a defesa dos policiais contesta a falta do quarteto. “Essa foi a quarta tentativa de ouvir os quatro suspeitos que, novamente, não apareceram”, disse André Luis Romero, advogado que representa nove policiais. “Estamos há três anos à disposição da Justiça e da Corregedoria, mas infelizmente a gente vem tendo obstáculos nesse processo”, disse o advogado.

Acusação

O Ministério Público acusa os policiais de terem torturado os quatro rapazes para obter a confissão do assassinato de Tayná. O processo conta com mais de 20 volumes e mais de 30 horas de depoimentos. Tanto o MP quanto a defesa dos policiais ainda podem pedir diligências antes das alegações finais.